Considerada agora o epicentro da pandemia nos EUA, Nova York continua em movimento durante a crise do coronavírus, mas agora, de bicicleta. No domingo, o prefeito Bill de Blasio incluiu as bicicletarias entre os serviços essenciais, que podem permanecer abertos mesmo sob o impacto da pandemia. "Está claro que andar de bicicleta é uma das maneiras de se distanciar, de modo que as oficinas de conserto de bicicletas devem mesmo ser consideradas essenciais, disse Joe Cutrufo, representante da Transportation Alternatives, um grupo de defesa de ciclistas e pedestres em Nova York. "E é bom ver que o prefeito compreendeu essa necessidade", completou.
À medida que o vírus continua a se espalhar, mais pessoas passaram a adotar a bicicleta para evitar o risco de contaminação em metrôs e ônibus e também para fazer exercícios, já que as academias foram fechadas. "As lojas de bicicletas são definitivamente essenciais agora", disse Thomas Robinson, morador do Harlem, que está começando a entregar comida de bicicleta para o Uber Eats. Ele trabalhava como faxineiro na Metropolitan Ópera e como treinador em uma academia, mas ambos foram fechados na semana passada.
No entanto, o acesso às bicicletarias não é livre. Placas nas portas das lojas confirmam a política instituída no início da semana, de atender a apenas um cliente por vez. Agora, são comuns filas na entrada dessas lojas, mas em algumas, os clientes precisam agendar horário e entregar a bicicleta ao mecânico. "Não vou deixar ninguém entrar na loja", explicou Andrew York, o proprietário da bicicletaria Meseroll, em Williamsburg. Os lojistas também têm adotado precauções extras para evitar a transmissão do vírus e usam máscaras e desinfetantes ao longo do dia de trabalho.
*Tradução e adaptação: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil
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