A Linha 17 Prata do Metrô de São Paulo não retomou as operações nesta segunda-feira (23), conforme previam a concessionária e o Governo do Estado de São Paulo. A decisão foi tomada, segundo fontes do governo, por conta da redução na demanda de passageiros nos útimos dias. Na semana passada, as demais linhas do Metrô perderam quase metade de seus passageiros e as previsões indicavam uma redução ainda maior, à medida em que as normas contra a pandemia do coronavírus se tornem mais restritivas.
O secretário Alexandre Baldy, da Secretaria de Transportes Metropolitanos previa que os trens voltassem a circular gradativamente, a partir desta segunda-feira e de forma total no dia 16 de abril, mas o agravamento da pandemia Covid 19 acabou reduzindo a demanda de transportes e permitindo que o consórcio execute as modificações necessárias para que a Linha 15 volte a operar com segurança. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) também fará a análise das causas do incidente em uma investigação independente contratada pelo Metrô.
Testes ainda não foram concluídos
O monotrilho está parado desde 29 de fevereiro, após o estouro de um pneu (ou de alguns pneus - as versões variam) em uma composição, quando partes do mecanismo run flat foram projetadas na pista da avenida sob o elevado. Após vários dias de testes e simulações, o consórcio Ceml, integrado pela Bombardier (fabricante das composições) e pelas construtoras OAS e Queiroz Galvão, identificou problemas nas vias e rodas e pneus. As empresas prometeram corrigir os problemas à medida que peças de reposição fossem enviadas ao Brasil e as composições, liberadas para o serviço.
Até o incidente, a Linha 15 Prata atraía cerca de 116 mil viagens diárias com pico de 122 mil usuários em dias úteis. Uma linha especial com ônibus gratuitos foi implantada para atender aos passageiros durante a paralisação.
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