A Linha 15 Prata do Metrô de São Paulo poderá voltar a funcionar parcialmente no dia 23 de março, segundo informações divulgadas no sábado (14) pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) e publicadas pelo jornal Agora SP.
Na nota, a STM informa que "a retomada integral, de forma absolutamente segura ao passageiro, tem a previsão para o dia 14 de abril, de acordo com Consórcio CEML e a Bombardier". A empresa canadense Bombardier é a fabricante das composições que operam no monotrilho e prometera entregar um relatório sobre a origem das falhas no sistema até o dia 11 de março, o que não ocorreu.
Segundo a STM, "o laudo da inspeção apresentado mostra que o "Run Flat" (dispositivo que permite a continuidade de circulação mesmo com falha em algum pneu) poderia estar tocando nos pneus, danificando-os. A nota informa, ainda, que a Bombardier está analisando todo o conjunto de rodas de todos os trens, para que as partes e peças que colocam em risco o pleno funcionamento do trem possam ser substituídas. Outro problema apontado é a necessidade de regularização de alguns trechos da via para eliminar trepidações e evitar novos danos. O consórcio CEML, segundo a nota, iniciou as intervenções necessárias na via.
Não há previsão de quais estações e trechos serão reabertos no dia 23 de março. Por enquanto, os usuários devem recorrer aos ônibus do sistema de emergência da SPtrans (Paese) para circular entre as estações São Mateus e Vila Prudente das 4h40 à 0h.
Linha está paralisada desde o dia 28/2
A Linha 15-Prata do Metrô está com suas operações suspensas desde o dia 28 de fevereiro, após um problema com as rodas e pneus de uma composição. Trabalhadores metroviários informaram que o incidente envolveu cinco pneus da composição M20, na estação Jardim Planalto, as 6h40 da quinta-feira (27). Além disso, segundo os funcionários, no dia seguinte (28) dois trens entraram em "rota de colisão": um saía do pátio e outro deixava a estação Oratório.
Paralelamente ao trabalho da Bombardier, a Companhia do Metrô organizou uma comissão interna para estudar as possíveis causas dos problemas e avaliar soluções que possam ser aplicadas emergencialmente. Em entrevista ao Mobilize, o engenheiro Jean Carlo Pejo, ex-secretário Nacional de Mobilidade Urbana e especialista em transportes sobre trilhos, acredita que a retomada deva ser feita com extremo cuidado, após um período de "operação comissionada", uma vez que o monotrilho da Linha 17 Prata ainda é uma tecnologia pouco conhecida e experimentada no Brasil,
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