Uso de carros em São Paulo vai cair 28% na próxima década, diz pesquisa

Estudo da Kantar sobre mobilidade urbana estima que transporte público, caminhada e bicicleta devem 'roubar' adeptos dos veículos até 2030

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Fonte: Valor  |  Autor: Rafael Gregorio  |  Postado em: 28 de fevereiro de 2020

SP em 2030: mais bikes, caminhadas e transporte pú

SP em 2030: mais bikes, caminhadas e transporte público...

créditos: Shutterstock

O uso de carros na cidade de São Paulo deve cair 28% nos próximos dez anos, em paralelo com crescimentos nas utilizações do transporte público (alta de 10%), da caminhada (25%) e de bicicletas (47%).

 

A estimativa é de um estudo da consultoria global Kantar sobre mobilidade urbana.

 

Segundo o levantamento, a população da capital paulista vê de forma crítica e pessimista o futuro da mobilidade na cidade. Essa percepção, segundo a Kantar, deriva de uma desaceleração nos investimentos em infraestrutura na cidade, por sua vez decorrente da crise econômica recente.

 

Como resultado, “São Paulo pontua pobremente no índice de cidades prontas para a tecnologia” na mobilidade urbana, informa o trabalho.

 

“A pesquisa da Kantar descobriu que 40% das pessoas em todo o mundo estão abertas a adotar novas soluções inovadoras, mas nem todas as cidades estão prontas para a transformação da mobilidade”, comentou Luciana Pepe, diretora de contas da Kantar no setor automotivo.

 

Maioria de viagens no planeta devem ser ‘ecológicas’

No mundo, a estimativa é que a proporção de viagens em carros caia de 51% para 46%.

 

Em paralelo, o ciclismo deve crescer exponencialmente, segundo o estudo, com previsão de aumento de 18% até 2030. Já a caminhada e o transporte público aumentarão 15% e 6%, respectivamente.

 

Viagens de táxi e compartilhamento/carona, além de outros meios, como balsas, serão responsáveis pelos 5% restantes.

 

Se confirmada, a estimativa significaria uma importante inversão: os meios de transporte considerados mais ecológicos passariam a responder por 49% de todas as viagens, contra 46% dos automóveis, motocicletas e caminhões.

 

Ainda segundo o estudo, Manchester, na Inglaterra, será a cidade com a mais intensa revolução no uso de transportes na próxima década, seguida por Moscou, na Rússia, e por São Paulo.

 

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