Duas empresas brasileiras estão entre as interessadas em operar o metrô de Quito, no Equador: a Companhia do Metropolitano de Sao Paulo e a CCR Metrô Bahia.
O metrô da capital equatoriana está com 98% de suas instalações prontas e deve começar a circular em outubro de 2020, conforme prometem as autoridades municipais. Falta, no entanto, definir a empresa operadora, que deverá assumir os serviços de provas operacionais, formação de recursos humanos, manutenção da infraestrutura e do material rodante, além da operação cotidiana.
A definição da companhia de operação deve ocorrer até o final de fevereiro, segundo a Empresa Pública Metropolitana Metrô de Quito. A primeira linha fará a ligação entre o bairro El Labrador (norte) e o terminal rodoviário Quitumbe (sul), passando pela área central da capital equatoriana, em 15 estações distribuidas por 22 km. As operações devem começar com 18 trens produzidos pela espanhola CAF, com capacidade para transportar diariamente 400 mil passageiros.
Quito ocupa um vale com 44 km de extensão e seu desenho urbano pode ser comparado ao formato da letra "Y". com dois braços ao sul, um deles o da região de Quitumbe. A cidade tem uma população aproximada de 2,5 milhões de habitantes. A construção do metrô foi iniciada em 2016, com previsão de circulação em março de 2020.
Perspectiva da estação San Francisco: obra inclui um auditório Imagem: Reprodução
Uma das maiores dificuldades do projeto foi a implantação dos túneis e estações sem prejudicar as edificações histórias e a riqueza arqueológica da área. Assim, apenas uma estação, a San Francisco, foi colocada na área central. Outro desafio para as autoridades é a questão tarifária. Uma passagem nos atuais coletivos do Metrobus, o BRT local, custa 25 centavos de dólar, enquanto o custo estimado de cada viagem do metrô estaria em torno de quatro dólares, segundo cálculos da municipalidade, que estuda a forma de subsídio que será adotada.
Concorrentes internacionais
Além das duas brasileiras, a concorrência internacional tem a participação das companhias Benito Roggio Transporte (Argentina); Consorcio Ferrocarril Metropolia de Barcelona-Ayesa Ingeniería y Arquitectura (Espanha); Deutsche Bahn Internacional Operations GmbH (Alemanha); Empresa de Transporte de Pasajeros Metro (Chile); Entidad Pública Empresarial RENFE - Operadora (Espanha), Hitachi Rail STS (Itália); Metro de Lima (Peru), e Transdev Group (França).
Mais informações e detalhes no site Metrô de Quito
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