Ciclovia em Campinas (SP) vai ocupar faixa de oleoduto

Convênio para construção de 3,7 km de ciclovia sobre faixa de dutos deve ser firmado entre a Prefeitura e a empresa responsável pela manutenção dos tubos

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Fonte: Correio Popular/Pref. de Campinas*  |  Autor: Alenita Ramirez  |  Postado em: 17 de fevereiro de 2020

Trecho de ciclovia inaugurad no bairro Campo Gran

Trecho de ciclovia já inaugurado no bairro Campo Grande

créditos: Emdec/Divulgação

A Prefeitura de Campinas (SP) anunciou que nos próximos dias deverá assinar um convênio com a Transpetro  para a construção de uma ciclovia sobre uma faixa de servidão de dutos que cruzam a cidade. A faixa está localizada entre o distrito Campo Grande e a região do bairro Campos Elíseos.
 

Segundo o secretário de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, caberá à prefeitura fazer a manutenção do espaço, com os serviços de limpeza e poda da vegetação. “A ciclovia não interfere na tubulação; para fazer a faixa não é preciso fazer escavação, apenas concretar por cima da terra”, explicou o secretário. Em comunicado recebido hoje pelo Mobilize, a Emdec informa que os dutos estão enterrados a cerca de um metro de profundidade, ao passo que o pavimento da ciclovia terá apenas cerca de 15 de espessura. 


Ainda de acordo com o comunicado, a faixa de servidão já é aberta à circulação de pessoas. "Andar a pé sobre a faixa, de bicicleta, carro de passeio ou carroça são atividades permitidas e incentivadas pela própria Transpetro, como é possível verificar no site da empresa". O texto explica também que a Transpetro já autoriza e incentiva o plantio de hortas ao longo das faixas de dutos, como forma de preservação da área contra atitudes indevidas, como fogueiras, estacionamento de veículos pesados, descarte de entulhos e plantios não indicados.
 

A obra está prevista para ser entregue no segundo semestre deste ano e a pista será bidirecional. Segundo Barreiro, essa infraestrutura é importante para os usuários de bike que moram nos dois distritos transitarem com segurança.
 

Pelo projeto, a ciclovia incluirá quatro trechos distintos e será implantada em uma faixa de dutos. O primeiro trecho, que está sendo viabilizado por meio de convênio, terá aproximadamente 3,7 km de extensão. O termo de ajuste para execução da ciclovia envolve a empresa Tegra, que executará a obra; a Transpetro, que administra a faixa de dutos; e a Emdec.
 

A ciclovia será executada a partir do cruzamento entre as vias Cormorão e Canário, no Bairro Padre Manoel de Nóbrega, próximo ao Hospital da PUC-Campinas; passará pela Avenida John Boyd Dunlop e seguirá até o cruzamento com a Rua Madre Eduarda Shafers, no Jardim Santa Lúcia, próximo à Avenida Carlos Lacerda.
 

Segundo técnicos da Emdec, a faixa de dutos é demarcada por marcos quilométricos. Os dutos geralmente estão localizados nas extremidades dos canteiros centrais, no caso, no cruzamento entre as avenidas John Boyd Dunlop e Brasília.
 

Outros projetos
Além do convênio, Barreiro ainda frisou que estão em andamento processo licitatório para a construção de outras duas pistas de ciclovia e também em fase final de estudos outros dois projetos. Os locais ainda não foram definidos, mas, segundo o secretário, as obras contemplarão diversos bairros na cidade. 

Segundo a Prefeitura, até o momento a cidade de Campinas soma um total de 46 km de faixas para bicicleta. "Estamos fazendo em locais que a população usa para trabalhar, se locomover, além da prática do esporte e lazer”, disse Barreiro.
 

Para o ativista Messias França, do grupo de ciclistas "Pé na Estrada, a construção de ciclovia na cidade é essencial, já que ajuda e dá segurança para quem quer usar a bicicleta para chegar ao trabalho e também para outros tipos de uso. “Ainda falta muita ciclovia na cidade. Nossa reivindicação é que seja feita em toda a avenida John Boyd Dunlop”, disse.
 

No último dia 10, foram inaugurados 5,2 km de ciclovia na ligação da praça da Concórdia ao Terminal Itajaí. Além da ciclovia principal, o trecho também conta com ciclorrotas, em bairros daquela região. A obra recebeu investimentos de R$ 1,04 milhão, sendo R$ 679,3 mil destinados à construção da ciclovia e outros R$ 370 mil para sinalização do espaço. 

*Nota: a pedido do Mobilize, a Prefeitura de Campinas enviou em 17/2 um comunicado sobre o convênio assinado e as condições de segurança para obra. Esclareceu que a faixa de serviço abriga um oleoduto e não um gasoduto, como havia sido divulgado no texto original do Correio Popular.

 

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