Com um ano de atraso, as autoridades da cidade de Cuenca, no Equador, retomaram a operação experimental e gratuita do sistema de "tranvías" (VLTs), com previsão de iniciar a circulação comercial plena em junho de 2020, segundo promessa da diretora da empresa Tranvía de Cuenca, Carolina Ormaza.
Os veículos, sistema de alimentação, trilhos, sinalização e paradas de embarque estão prontos desde o início de 2019, mas algumas questões jurídicas, técnicas e tarifárias impediram o início da circulação dos bondes modernos. Os testes recomeçaram no início de janeiro com duas composições, seguiram para quatro, seis e oito trens, na semana passada. O objetivo é tanto treinar os condutores na operação em escala real, como acostumar pedestres, ciclistas e automóveis com a presença do novo elemento de mobilidade.
Composição se aproxima de parada, em bairro de Cuenca Foto: Tranvía de Cuenca
Um das questões polêmicas - a forma de integração tarifária com as linhas de ônibus existentes - está sendo decidida desde a semana passada em uma série de reuniões (mesa tecnológica, mesa financeira, mesa jurídica e mesa técnica) especialmente organizadas para encontrar soluções de consenso. As discussões apontam a possibilidade de uso dos atuais cartões de acesso aos ônibus e a criação de um sistema de compensação, de forma a distribuir as receitas entre as empresas que atuam no transporte público da cidade equatoriana. O ponto central é a definição de um valor para a tarifa: hoje, uma viagem nos corredores de ônibus de Cuenca custa cerca de US$ 0,25.
A primeira linha do VLT de Cuenca tem pouco mais de 20 km e funciona com sistema de alimentação de energia por baterias nas vias centrais e por catenárias nos bairros mais afastados.
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