Artista alemão "hackeia" Google Maps e cria engarrafamentos virtuais

Que sacada! Com um carrinho de mão e 99 celulares, Simon Weckert passeou pelas ruas de Berlim e conseguiu interferir nas informações de trânsito dadas pelo aplicativo

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Fonte: RFI  |  Autor: Cristiane Capuchinho  |  Postado em: 04 de fevereiro de 2020

Artista Simon Weckert

Artista Simon Weckert "hackeou" o Google Maps em Berlim

créditos: Simon Weckert/ Divulgação

A estratégia é simples. Dentro de um carrinho de mão, o alemão Simon Weckert carrega 99 celulares smartphones com o aplicativo do Google Maps ativado por diversas ruas de Berlim. O passeio do artista plástico pouco interfere no mundo real, mas cria engarrafamentos no Google Maps.

 

A ferramenta do Google usa a informação de localização de seus usuários para informar as condições de tráfego (traffic) das vias de todo o mundo e indicar os caminhos mais rápidos para quem busca sua rota no aplicativo.

 

Uma rua com muitos usuários ativos que se deslocam vagarosamente é entendida pelo aplicativo como um ponto de muito trânsito, e será assinalada pelo sistema com a cor vermelha, alerta de engarrafamento.

 

 

 

O alemão entendeu o funcionamento e “hackeou” o sistema. "É possível fazer uma rua que aparecia em verde ficar vermelha, e isso tem um impacto no mundo físico pois envia carros a outras vias para evitar o tráfego", explica Weckert.

 

A consequência não é apenas a mudança de cores na tela, registrada no site de Welckert, mas a alteração na rota de quem passava pela mesma região de Berlim no momento em que o artista fazia sua performance.

 

Performance viralizou
O passeio virou um vídeo de cerca de dois minutos com nome de Hack do Google Maps (Google Maps Hacks). Publicado no Youtube no dia 1° de fevereiro, a performance já foi vista por mais de 1,8 milhão de pessoas.

 

Para Gilles Dawidowicz, consultor do Google Maps na França, o artista não demonstrou um problema do sistema, mas a esperteza do alemão.

 

“Não há um erro do Google Maps. O Maps é baseado em algoritmos e aprendizado de máquina. O computador nunca enfrentou uma pessoa com 99 smartphones. Esse não é um caso previsto em nossos três cenários de avaliação de congestionamento, sendo o mais pessimista, portanto, ativado neste caso”, explicou o geógrafo ao jornal Le Parisien. 

 

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