A partir de fevereiro de 2020, os 10 milhões de residentes de Paris e arredores vão passar a receber até 500 euros (2.250 reais) em ajuda financeira para a compra de uma bicicleta elétrica.
Valérie Pécresse, presidente do Conselho Regional de Île-de-France, a região que cerca a capital francesa, revelou ao jornal Le Parisien ter apresentado uma proposta para fornecer subsídios à compra de bicicletas elétricas. O programa deve incluir todos residentes de Île-de-France "independentemente de sua situação econômica".
Segundo Pécresse, o programa prevê que as autoridades financiem até 50% do valor de uma bicicleta, com limite máximo de 500 euros de participação. Dessa forma, alguém que deseje comprar uma bicicleta de 800 euros poderá conseguir um abatimento de 400 euros, e assim por diante. No entanto, é provável que os subsídios sejam usados até o teto de 500 euros, já que uma boa bicicleta elétrica pode custar até 2 mil euros (9 mil reais) na França.
"Quero que todos os residentes tenham o mesmo direito à mobilidade elétrica e a um tipo de transporte mais limpo, principalmente em áreas pequenas e médias, e com muitas colinas", disse Pécresse.
Programa Veligo
A previsão é que o programa de subsídio tenha início em fevereiro, período em que as autoridades esperam que o programa de teste de e-bike Veligo, que atende a região metropolitana de Paris, já tenha se consolidado.
Desde o início de setembro, o programa Veligo permite aos moradores alugarem bicicletas eletrônicas em longo prazo – por até seis meses – a uma taxa de 40 euros por mês (metade pode ser financiada pelo empregador). No nível municipal, Paris já conta com um programa semelhante, chamado Velib.
A ideia é disponibilizar inicialmente 10 mil bicicletas elétricas na área da grande Paris, com previsão de dobrar o número, no que pode vir a se tornar o maior programa de aluguel de bicicletas elétricas do mundo.
"O subsídio de 500 euros deve ser um incentivo para a compra", disse Pécresse. Sua agência espera triplicar o uso de bicicletas na área até 2021. Hoje, esse tipo de transporte representa menos de 2% das viagens diárias na região de Paris.
Programas de subsídios para bicicletas elétricas estão sendo lançados em várias grandes cidades do mundo, ao mesmo tempo em que as prefeituras tentam reduzir o tráfego de veículos e a poluição. A Suécia, Noruega, Escócia e Portugal estão entre os países que passaram a investir na infraestrutura para bicicletas elétricas e a disponibilizar empréstimos e subsídios sem juros aos cidadãos que desejem adquirir essa forma de transporte.
Bicicletas elétricas podem facilmente atingir velocidades de até 25 km por hora, e as baterias recarregáveis têm capacidade de cobrir uma distância de 75 km por carga.
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