Prefeitura de Florianópolis quer mudar o lugar do piso tátil nas calçadas

Proposta é instalar a linha guia rente à edificação, e não mais no meio da calçada, para afastar o deficiente visual da rua, e assim dar mais segurança

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Fonte: Mobilize/ ND Mais  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 05 de setembro de 2019

Piso tátil deve ficar mais ou menos afastado da gu

Piso tátil deve ficar mais ou menos afastado da guia?

créditos: Divulgação

Acessibilidade das calçadas é um dos temas destacados pelo programa Mais Mobilidade, anunciado pela prefeitura de Florianópolis no início desta semana. 

 

As regras para padronização dessa infraestrutua constam no manual Calçada Certa, lançado em 2018, e passam agora por mudanças que pretendem melhorar a caminhabilidade das pessoas com deficiência na capital. O entendimento é que, embora as calçadas sejam de responsabilidade dos proprietários das residências, elas fazem parte da cidade, e por isso precisam ser funcionais para todos que passam por elas.

 

A principal mudança de padrão proposta pela administração está na localização dos pisos táteis na calçada. Esse elemento, específico para pessoas com deficiência visual, e que costuma ser instalado no meio das calçadas, agora deverá ser transferido para a borda. 

 

Assim, ao se distanciar o mais possível da rua, esclarecem os técnicos da prefeitura, o piso tátil consegue evitar acidentes e trazer mais segurança. Além disso, segue a linha guia por onde se dá de início o trajeto da pessoa cega, e permanece sem alterações por todo o percurso.

 

A Prefeitura cogita ainda, no longo prazo, substituir o piso tátil por alguma outra forma de guia para pessoas cegas. Uma ideia aventada é, por exemplo, utilizar o próprio muro das edificações. 

 

Segundo Rodrigo Machado, que tem baixa visão e é voluntário da Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic), "o mais importante é ter uma referência certa; não adianta ser de um jeito, depois de outro... A pessoa fica totalmente sem rumo, não sabe para qual lado ir". E acrescenta: "Se num momento tem o piso tátil, depois o muro e depois já não se sabe o quê, acaba que o deficiente precisará se orientar com a bengala, pelo som ao redor; ou precisar da ajuda de pessoas, perdendo aí sua independência", questiona.  

 

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