Motos deixam 2,5 milhões de pessoas com invalidez permanente

Acidentes de moto deixam 200 mil mortos e 2,5 milhões de pessoas com invalidez permanente em 10 anos. Ocorrências pressionam saúde pública, previdência e produtividade

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Fonte: Folha de S. Paulo  |  Autor: Fabrício Lobel/ Folha de S. Paulo  |  Postado em: 27 de agosto de 2019

Acidentes com motos envolvem 2,7 milhões de pessoa

Acidentes com motos envolvem 2,7 milhões de pessoas no país

créditos: Gabriel Jabur/ Agência Brasília

Mais de 2,7 milhões de brasileiros ficaram com invalidez permanentes ou morreram ao se envolveram em acidentes de motocicletas. Os dados foram compilados pela seguradora Líder, responsável pela administração do seguro Dpvat (seguro para danos causados por veículos) e vai de encontro a estudos anteriores que já apontavam para a epidemia de mortes de motocicletas no país.

 

Se forem observados todos os que se acidentaram com motos, incluindo os casos menos graves, o total chega a quase 3,3 milhões - uma população que, quando comparada às de cidades brasileiras, só não supera as de Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Em dez anos,  o contingente de acidentados por motos e ciclomotores cresceu 72%, enquanto os acidentados com outros meios de transporte aumentaram 28%, em média. No período, os número daqueles que sofreram com algum tipo de invalidez permanente após um acidente com moto cresceu 142% no mesmo período.

 

De todas as indenizações pagas pelo seguro Dpvat, 72% estão relacionadas a um acidente com moto ou ciclomotor. Nos números analisados pela seguradora, estão somados pedidos de indenizações por morte, invalidez e despesas médicas oferecidas tanto motociclistas quanto seus passageiros e pessoas atingidas por motos em acidentes de trânsito.

 

Os condutores representam 68% dos que sofreram acidentes. Em segundo lugar estão os pedestres, envolvidos em 21% das ocorrências. O restante são passageiros dos veículos.

 

Estima-se que os acidentes de trânsito no país tenham drenado 23 bilhões de reais ao ano (em valores corrigidos pela inflação). O cálculo é de uma pesquisa de 2001, em que o Ipea estimou os custos dos acidentes nas grandes cidades brasileiras. 

 

Especialistas afirmam que a redução das mortes e de acidentados no trânsito brasileiro passa pela reforma da formação do condutor, pelo incremento da eficiência da fiscalização e por medidas de engenharia que confiram maior segurança às vias onde os brasileiros trafegam, o que inclui, por exemplo, a redução de velocidades em áreas urbanas.

Leia mais no site da Folha de S. Paulo

 

Clique aqui para ver o Relatório produzido pela Seguradora Líder sobre acidentes e indenizações envolvendo motocicletas entre 2018-2019.

 

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