Da carroceria do ônibus ao banco que financia novos veículos, os negócios dos "barões do transporte" de São Paulo vão bem além das linhas que levam 7 milhões de passageiros por dia. Além de dominar quase toda a cadeia relacionada aos ônibus, os donos das viações expandiram os negócios para outras áreas, que incluem concessão do metrô paulistano e até time de futebol.
O silêncio é uma marca de um setor que, durante muito tempo, foi descrito pejorativamente como a "máfia" do transporte paulistano. Ao longo das últimas semanas, os jornalistas Artur Rodriguese Fabrício Lobela, do jornal Folha de S. Paulo, conversaram com empresários, políticos e especialistas para entender como se organizam os clãs que detêm as concessões de ônibus na capital.
Nesse cenário, o empresário José Ruas — que começou com uma padaria e cresceu até se tornar quase onipresente no setor — passou a diminuir sua participação. Se, no ano passado, o sobrenome Ruas aparecia na composição acionária de ao menos seis empresas, em 2019, está apenas em uma.
O discurso corrente nas garagens do setor é que Ruas se cansou de operar as linhas e mira outros negócios ligados ao setor. A Ruas Invest detém participação na Caio Induscar, fabricante da maioria das carrocerias usadas na cidade de São Paulo. De olho na tendência de migração dos passageiros dos ônibus para o metrô, o grupo da família Ruas está ao lado da CCR nas concessões das linhas do metrô paulistano 4-amarela, 5-lilás, 15-prata e 6-laranja (ainda em construção). Também tem o controle da empresa responsável pelos anúncios nos pontos de ônibus de SP e do Rio
Mas, a maior frota da cidade é a da empresa Metrópole, da família Abreu. Um em cada dez ônibus da cidade pertence à viação, pelos dados do contrato (definido na nova concessão do transporte paulistano). Além de várias empresas de ônibus espalhadas por São Paulo, os Abreu também têm participação na Caio Induscar e em empresas de pneus e vidros para veículos. Leia o texto completo no site da Folha de S. Paulo
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