Ciclovia da Paulista vai completar 4 anos

Alguém hoje imaginaria a famosa avenida sem a ciclovia? Pois saibam que a luta pela obra exigiu anos de protestos, com muitos acidentes (e mortes) pelo caminho

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Fonte: Estadão/São Paulo na Bike  |  Autor: Alex Gomes/São Paulo na Bike  |  Postado em: 31 de julho de 2019

Paulista no dia de sua inauguração, em 1891

Inauguração da Paulista, em 1891. No destaque, o ciclista

créditos: Foto: José Rosael/Museu Paulista USP


Porque a ciclovia da Paulista foi uma das obras mais importantes de São Paulo

Blog São Paulo na Bike, do ativista Alex Gomes, está publicando artigos sobre a ciclovia da avenida Paulista. A série segue até o dia 23 de agosto, data na qual o projeto foi concluído há quatro anos. 



"Desde seu nascimento, no final do século 19, a avenida Paulista, em São Paulo, tinha tudo a ver com bikes: bastava conferir os livros de história. Logo após ser aberta, em 1891, a via teve seu fluxo organizado em três partes: um lado para cavalos, outro para bondes de tração animal e a área central para carroças, carruagens e bicicletas. E para não deixar dúvidas, dentre os vários personagens imortalizados na pintura que retrata a inauguração da avenida, feita pelo artista francês Jules Martin, temos logo no primeiro plano, no canto esquerdo, um singelo ciclista."
 

   

Quando a notícia foi divulgada, até o mais entusiasta dos ciclistas custou a acreditar que, finalmente, a demanda histórica havia sido conquistada. “Uma ciclovia na Paulista? Tem certeza?”

 

Exatamente. O tapete vermelho seria implantado por toda a extensão da avenida símbolo da cidade. Do anúncio, feito em setembro de 2014, até a inauguração de sua primeira etapa, em 28 de junho de 2015, foram nove meses nos quais cada fase da obra foi acompanhada tanto por empolgados ciclistas que levavam café para os operários como por ferrenhos opositores que vasculhavam a via em busca de motivos para desfazer o projeto... 

 

...Pedalar em segurança pela Paulista era um sonho motivado por uma triste realidade: a avenida era uma das mais perigosas para os ciclistas na capital. Segundo dados da CET, 39 ciclistas foram acidentados na via entre 2005 e 2014, sendo que três foram mortos após terem sido atropelados por ônibus. Mesmo com esse histórico de tragédias, parecia utópico, quase proibido mesmo, pensar que seria possível implementar uma pista para bicicletas naquele espaço icônico de São Paulo.

 

Sempre que se falava em ciclovia na região – e a discussão com o poder público já tinha mais de uma década – cogitava-se as ruas paralelas, íngremes e com menos faixas de rolamento. Tal impasse refletia o histórico de políticas públicas da cidade, em que a bicicleta era sempre tratada como instrumento de lazer. Tanto que as iniciativas de promoção do modal, como ciclovias, eram desenvolvidas pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente em parques...

 

Leia o artigo completo em sao-paulo.estadao.com.br/blogs

 

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