Uma empresa de Michigan (EUA) quer colocar robôs que fazem entregas para circular pelas ciclovias do país, lado a lado com as bicicletas. Este tipo de autônomo vem sendo desenvolvido mais e mais por startups norte-americanas no último ano, mas a proposta já é vista com ressalvas por parte das pessoas nas cidades onde experiências parecidas foram introduzidas.
Agora, a novidade é o autônomo REV-1, um robô de entregas apresentado durante um evento de tecnologia nos Estados Unidaos pelo CEO da Refraction AI, Matthew Johnson-Robertson, que também é professor na Universidade de Michigan.
O REV-1 é maior do que a maioria dos robôs de entrega, que em geral têm aproximadamente o tamanho de uma caixa de isopor grande e dirigem nas calçadas. Mas é menor e mais barato que vans de entrega autônomas ou pequenos ônibus. Além disso, a empresa garante que ele é leve e tem potência baixa o suficiente para se classificar nos regulamentos de uma bicicleta elétrica. Dizem ainda que, com cerca de 80 centímetros de largura, ele é ideal para andar em ciclovias.
"Nossa plataforma é leve, ágil e rápida o suficiente para operar na ciclovia e na pista", afirmou Johnson-Roberson ao site Trucks.com. Com custo unitário de cerca de 5 mil dólares (cerca de R$ 18.800), o REV-1 também será mais acessível do que rivais maiores, enquanto ainda oferece espaço suficiente para transportar encomendas.
Intrusos?
Mas embora a ideia pareça interessante, ainda existem ressalvas, como, por exemplo, a opinão das pessoas sobre um robô andando pelas ciclovias. Já houve protestos sobre a intrusão de autônomos de entrega nas calçadas, com algumas cidades até banindo os bots. Colocá-los em ciclovias poderia ser ainda mais perturbador, bem como potencialmente perigoso para os ciclistas.
Outro obstáculo é o clima das cidades, já que o robô tem que ser capaz de operar tanto no calor quanto no frio, na chuva e na neve. Estes últimos pontos estão sendo estudados durante os testes em Michigan, uma cidade que enfrenta muitas precipitações. A Refraction vê uma oportunidade de desenvolver um robô diferente dos de outras empresas da costa leste dos Estados Unidos, que não têm que lidar com condições climáticas variadas.
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