Dias atrás estivemos no Seminário Internacional de Mobilidade Urbana realizado pela AEA (Associação de Engenheiros e Arquitetos) de São José dos Campos, em São Paulo. Após muitas palestras e apresentações de cases sobre veículos elétricos, bicicletas, caminhabilidade, transporte coletivo e tecnologia, surgiu a questão de como seria possível preparar as cidades para essa nova distribuição - mais democrática - dos espaços públicos.
A resposta não é simples. Passa pela adaptação de toda a infraestrutura urbana a este novo momento, incluindo demolição de muitas obras, como vias expressas, viadutos e estacionamentos, a requalificação de outros espaços como parques e, muito provavelmente, a construção de novos edifícios, vias, passarelas e calçadas para pedestres, ciclistas e veículos elétricos autônomos.
Uma prévia desse futuro não tão distante está sendo oferecida pela Bienal de Arquitetura da Bicicleta, evento organizado na Holanda para celebrar os novos projetos de edificações e infraestrutura construídos para acolher de forma mais justa e adequada os ciclistas e as bicicletas que estão tomando as ruas, em todo o mundo. A curadoria esteve a cargo de arquitetos do escritório Next Architects, que tem sedes em Amsterdã e Beijing e, por isso, a maior parte dos projetos selecionados está na Europa. Mas há também bons exemplos na Austrália, China, Estados Unidos e Nova Zelândia.
O lançamento da exposição ocorreu em Amsterdã, em junho passado, passou pelo Velo-City, em Dublin, e agora a mostra deve percorrer vários países do mundo, incluindo o Brasil.
Para saber mais, veja o vídeo e conheça os projetos da exposição.
Conheça os projetos:
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