SP faz desafio tecnológico para afinar seu sistema de ônibus

"Hack in Sampa" reúne equipes de programadores para a criação de apps que melhorem a transparência na contratação e operação dos ônibus

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Fonte: Mobilize Brasil/Imprensa Police Neto  |  Autor: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil  |  Postado em: 04 de junho de 2019

Ônibus  no terminal Pinheiros, em São Paulo

Ônibus no terminal Pinheiros, em São Paulo

créditos: SPTrans

Cerca de 15 mil ônibus circulam por São Paulo todos os dias. É a maior frota de coletivos do mundo, informa a SPTrans, a companhia municipal que coordena as empresas operadoras. Mas, apesar do gigantismo, a eficiência do sistema é baixa, fazendo com que muita gente deixe o ônibus em favor do metrô, dos carros de aplicativos, da bicicleta ou do carro individual.  Assim, ano após ano, o número de passageiros tende a cair.

 

Por outro lado, os contratos dos ônibus, que seriam assinados pela prefeitura no final de maio, foram suspensos pela Justiça mais uma vez, em uma novela que se arrasta desde 2013, entre acusações de fraude, liminares e decisões do TCM. Os contratos ultrapassariam 70 bilhões de reais ao longo de 20 anos.

 

Para tentar reequacionar o problema e tentar oferecer soluções mais racionais ao poder público e à população, neste final de semana acontece a 3ª edição do "Hack in Sampa", uma competição tecnológica entre 75 equipes de programadores que vai ocupar o Plenário da Câmara dos Vereadores nos dias 8 e 9 de junho (sábado e domingo). No total 150 equipes se inscreveram, o que exigiu uma seleção das melhores propostas.

 


Premiação do Hack in Sampa 2018 Foto: Imprensa Police Neto

 

A ideia é reunir especialistas em tecnologia a economistas, administradores e outros especialistas em tecnologia, mobilidade e fiscalização para criar ferramentas eletrônicas que dêem mais transparência aos processos de escolha das empresas e de operação do sistema de ônibus da capital. A equipe vencedora irá ganhar computadores e também uma monitoria para o desenvolvimento da proposta. Além disso, há um prêmio de 10 mil reais, que será pago ao final dos trabalhos. O resultado final será compartilhado em plataforma aberta para uso público, inclusive de outras cidades do país. "São Paulo é um grande laboratório de problemas e qualquer coisa criada aqui poderá ser adaptada para outras localidades", comentou Mariana Caetano, assessora do vereador Police Neto, organizador da hackatona.

 

As equipes trabalharão desde as 9h de sábado até as 18h de domingo, quando será realizada uma festa com show de música e a participação de familiares dos participantes. A entrada é livre para quem quiser assistir. 


Referências
Para desenvolver as soluções, as equipes contam com os dados disponíveis nos links: 

 

Mais informações em www.hackinsampa.com.br

 

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