O primeiro passo para a implantação em Brasília do veículo elétrico compartilhado - nos moldes do que já existe com patinetes e bicicletas - foi dado nesta segunda-feira (20) com a assinatura de um acordo de cooperação entre o Governo do Distrito Federal (GDF), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). Segundo o governo, o projeto com minicarros elétricos é pioneiro no país.
O projeto experimental de implantação dos carros elétricos no GDF será financiado pela ABDI, que pretende investir R$ 2,3 milhões na iniciativa, dentro de seus programas de cidades inteligentes. A proposta é integrar toda a Esplanada dos Ministérios com tecnologias renováveis, que reduzam os custos das administrações públicas. Atualmente, os gastos do governo com manutenção e combustível da sua frota é de cerca de R$ 16 milhões por ano; com o projeto de veículos elétricos utilizado integralmente como previsto, a economia estimada seria de 50% deste valor.
“A ideia é que, depois do projeto piloto, possamos expandir a ideia de forma gratuita para a população”, afirmou o secretário de Ciências e Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo.
Programa experimental
Nesta etapa inicial, a proposta é que a partir do segundo semestre de 2019 os servidores selecionados e alguns secretários deverão usar o modelo de carro elétrico em caráter experimental para ir e voltar de reuniões. São vinte carrinhos Twizy, da marca Renault, que circularão apenas em áreas específicas do Plano Piloto, como os ministérios e os órgãos do GDF.
Os veículos serão cedidos ao governo distrital em forma de comodato, com cláusulas sobre operação, manutenção, taxas e seguros, compartilhados por um software desenvolvido pelo Parque Tecnológico de Itaipu, que permite reservar os veículos disponíveis e acompanhar a localização deles. O aplicativo rastreia o automóvel, monitora a velocidade, a carga de bateria, as rotas percorridas e até mede a quantidade de emissão de gás carbônico que deixou de ser enviada para a atmosfera. Os carros poderão ser desbloqueados com os crachás dos funcionários cadastrados no programa experimental.
Para a primeira etapa do projeto, serão instalados 35 eletropostos (pontos de recarga), conectados a redes elétricas nos estacionamentos de órgãos federais e locais vinculados ao programa. Os “totens de combustíveis” serão identificados por sinalização no solo.
A ideia é aos poucos ir ampliando o número de minicarros elétricos na cidade, para que em um terceiro momento o sistema conte com aproximadamente 50 veículos.
Os carrinhos Twizy têm design futurista, com portas transparentes que abrem para cima. Rodam à velocidade de até 80 km/h e têm autonomia de 100 km com a bateria carregada.
Pelo seu tamanho reduzido - 2,33 m de comprimento e 1,23 m de largura -, são veículos ideais para os centros urbanos, pois se encaixam em qualquer vaga. É facílimo de conduzir: não têm marchas, e o torque (a força), até mesmo em uma ladeira, é constante. Basta acelerar e frear.
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