Dia 3 de maio (sexta-feira) acontece em São Paulo o 1º Summit Grow de Segurança e Convivência na Micromobilidade. Organizado pela Grow, empresa formada pela fusão das operadoras Yellow e Grin, o evento integra as atividades do Maio Amarelo, tradicional ação de segurança de trânsito.
A ideia é reunir autoridades, especialistas em mobilidade e políticos para debater soluções para os conflitos de segurança nas ruas, ciclovias e calçadas, especialmente após a entrada em cena dos polêmicos patinetes elétricos. Entre os convidados estão o vereador José Police Neto, o prefeito paulistano Bruno Covas, Pedro Gouveia, da prefeitura de Lisboa, Sergio Avelleda (WRI) e a jornalista Renata Falzoni (Bike é Legal).
Nos EUA, 1.500 acidentes
Não há dados sobre o Brasil, mas nos Estados Unidos, cerca de 1.500 pessoas ficaram feridas em acidentes relacionados a patinetes elétricos entre o final de 2017 e o início de 2019, de acordo com um levantamento realizado pela Consumer Reports em grandes hospitais, centros de atendimento médico e delegacias de polícias de polícia.
Segundo o estudo, tão logo os patinetes chegam às cidades, surgem os ferimentos relacionados a acidentes: fraturas, pernas e braços quebrados e traumas na cabeça. "Tivemos muitos casos de concussões, fraturas nasais, fraturas nos braços e pernas e algumas pessoas tiveram que passar até por cirurgias", disse a doutora Beth Rupp, diretora clínica no Centro de Saúde da Indiana University, em Bloomington, onde os patinetes foram introduzidos em setembro de 2018.
Os especialistas entendem que a maioria dos ferimentos se deve à falta de capacetes, já que a maioria das pessoas utiliza os patinetes esporadicamente, sem uma programação prévia. “Quem sai de casa levando um capacete debaixo do braço?", questiona Oscar Guillamondegui, diretor do Centro Médico da Vanderbilt University, em Nashville. Ele conta que já tratou cerca de vinte pessoas vítimas de acidentes com patinetes elétricos, todas sem capacetes.
Regulamentação
Lá nos Estados Unidos, como na Europa e em outras partes do mundo, as autoridades foram pegas de supresa pela chegada dos patinetes e de outros sistemas de mobilidade gerenciados por aplicativos. Aqui no Brasil, os governantes começam a discutir as formas de regulamentar os novos veículos elétricos que já ocupam ciclovias, calçadas e ruas. Bicicletas elétricas, por exemplo, têm suas potências e velocidades reguladas pelo Código de Trânsito Brasileiro, mas há pequenos ciclomotores que já alcançam até 50 km/h, velocidade obviamente incompatível com a circulação em ciclovias e calçadas.
Serviço:
1º Summit Grow de Segurança e Convivência na Micromobilidade
Dia 3 de maio (sexta-feira) 8h às 17h
Local: Auditório Sinon Bolivar
Memorial da América Latina, Portão 13
Estação Barra Funda do metrô
Informações: (11) 5632-3111
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