O ano letivo em áreas rurais e ribeirinhas de Porto Velho (RO), que tinha início previsto para 1º de abril, ainda não começou em várias escolas porque estão as lanchas e ônibus que fazem o serviço de levar os alunos está inoperante desde o ano passado.
O imbróglio envolve prefeitura e empresas que não entram em acordo para fechar o contrato do serviço de transporte escolar rural e fluvial em Porto Velho. Até momento, mais de três mil crianças estão sem condições de iniciar o ano letivo de 2019. Em outras oito escolas, sequer foi possível terminar o calendário de 2018.
A falta do serviço atinge cerca de 2,2 mil alunos de localidades mais afastadas, como a região da Ponta do Abunã, a cerca de 300 km de Porto Velho. A área integra os distritos portovelhenses de Fortaleza do Abunã, Vista Alegre, Nova Califórnia e Extrema de Rondônia.
Bloqueio na BR-364
Na manhã desta terça-feira (9), cansados de tanta indefinição, pais de alunos de Ponta do Abunã se revoltaram e promoveram um protesto que fechou a BR-364, à altura do distrito de Extrema de Rondônia.
Em manifesto público, pais reclamam da ingerência municipal que deixou aproximadamente 4 mil crianças sem condições de iniciarem os estudos pela falta do transporte escolar.
Desde o início da gestão de Hildon Chaves (PSDB), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) vem cobrando providências à Prefeitura de Porto Velho. Também não foi cumprida uma recomendação do Ministério Público de Rondônia, já que a prefeitura decidiu pedir novo prazo para resolver o impasse com as prestadoras do serviço.
De acordo com a imprensa local, o contrato do transporte já havia sido acertado, porém os ônibus da empresa vencedora do certame licitatório não iniciou o trabalho, conforme previsto no calendário escolar.
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