Prefeitura não paga e VLT do Rio pode parar, diz operadora

Recursos do governo não vêm sendo repassados ao modal desde maio de 2018, e concessionária alega que nessas condições VLT só funcionará por mais 30 dias

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Fonte: Via Trólebus/ O Globo  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 21 de março de 2019

Falta de repasses da Prefeitura pode parar o VLT n

Falta de repasses da Prefeitura pode parar o VLT no Rio

créditos: Divulgação/ VLT do Rio

Esta semana o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, surpreendeu a opinião pública com a declaração de que o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT do Rio, é "uma porcaria" (suas palavras). Era uma mostra do acirramento da crise envolvendo as relações entre prefeitura e concessionária do transporte, e que agora surge no horizonte próximo como ameaça à continuidade do serviço de bondes da capital.    

 

Nesta quinta (21), em entrevista ao jornal O Globo, foi a vez do presidente do consórcio operador do VLT, Márcio Hannas, dizer que o funcionamento do VLT do Rio "pode estar com os dias contados". Mais precisamente, 30 dias, afirmou. Segundo ele, isso ocorrerá se não for resolvido o impasse com a administração municipal, que desde maio de 2018 não vem repassando os recursos previstos em contrato para movimentar o modal.

 

Em nota ao jornal, a prefeitura do Rio informou que, “diante de graves problemas encontrados no contrato de concessão do VLT, assinado pela gestão anterior, a prefeitura decidiu rever os termos dessa Parceria Público-Privada (PPP)”.

 

Sem pagamento

O extinto Ministério das Cidades foi responsável por 46% dos investimentos da obra. Os outros 54% ficaram a cargo das empresas. A prefeitura no entanto pagaria ao consórcio uma contraprestação pecuniária pelas obras. A lógica usada foi a de que, ao fim do período da concessão, de 25 anos, o bem pertencerá ao município, que poderá relicitar a operação.

 

Desde maio do ano passado, no entanto, este pagamento parou de ser feito à concessionária. Hoje o sistema transporta, diariamente, 80 mil pessoas.

 

Outro ponto do contrato assinado pela administração passada e contestado pela atual gestão é o repasse que deverá ser pago pelo município à concessionária quando todo o sistema estiver operando, caso até lá não seja atingida a meta de transportar 260 mil pessoas por dia útil. Como a meta está longe de ser atingida, a gestão municipal alega um rombo em suas contas, que não tem como arcar.

 

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