Nova ciclovia em Cuiabá. Só falta a sombra...

Bicicletas e ciclovias ampliam sua presença em todo o país. Leia o editorial #257 do Mobilize Brasil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa/ Editor do Mobilize  |  Postado em: 19 de março de 2019

Ciclovia nova liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães

Ciclovia nova liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (MT)

créditos: Divulgação/ Governo de Mato Grosso

Nesta semana publicamos uma pequena nota sobre a construção de uma ciclovia e calçadas largas ao longo de 3,6 quilômetros da rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, no estado de Mato Grosso. Trata-se de um trecho urbano da estrada, muito usado por pedestres e ciclistas, que tinham que circular pelo acostamento. Há centenas de casos semelhantes em estradas que cortam cidades de todo o país (leia mais) e que, por lei, deveriam receber um tratamento urbanístico para garantir a segurança e conforto das pessoas que caminham e pedalam. 

O exemplo de Cuiabá é marcante pela imagem e gerou grande polêmica nas redes sociais. Como lembraram alguns leitores, falta ainda um projeto de arborização para sombreamento, assim como alguns pontos para descanso, com bancos e abrigos. Afinal, como se sabe, o calor em Cuiabá é acachapante... Falta, sobretudo, a sinalização para a travessia da estrada/avenida, de forma que os ciclistas e pedestres possam chegar e sair da pista central em segurança. É um exemplo, com acertos e erros, mas é um avanço. 


Bicicletas elétricas

E vem mais bicicleta por aí: duas operadoras de bicicletas compartilhadas, a Bike Sampa e a Yellow, começam a oferecer bicicletas elétricas em São Paulo. A Yellow já colocou suas bikes nas ruas no início da semana passada, e a Bike Sampa iniciou suas operações com as elétricas na segunda-feira (18).  

São projetos experimentais, que poderão ser ampliados, dependendo da resposta do público. O objetivo das duas iniciativas é permitir que os usuários façam viagens mais longas, entre cinco a dez quilômetros e, principalmente, facilitar as pedaladas nas subidas, sem que as pessoas tenham que "suar a camisa". Com a assistência elétrica dos motores de 350 watts (menos de 1/2 CV), as bikes atingem, no máximo, 25 km/h, que é a velocidade regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito para que possam circular em ciclovias.  

Com a novidade, as empresas também esperam atrair novos usuários, em especial os motoristas cansados de sofrer nos congestionamentos diários, mas que resistem em aventurar-se em pedaladas urbanas. Em Nova York, por exemplo, a adesão às bicicletas cresceu muito nos útimos meses, depois que as elétricas começaram a ser oferecidas pelo sistema local de bicicletas compartilhadas, o Citibike. Em entrevista, o executivo da Aliança Bike, Daniel Guth, disse acreditar que a chegada das elétricas compartilhadas vai atrair novos ciclistas e tirar mais carros das ruas. 

 

A notícia realmente é boa, mas esperamos que esses serviços voltem a ser oferecidos em outras regiões de São Paulo e em outras capitais do Brasil. Afinal, bicicletas, mesmo as elétricas, melhoram a saúde das pessoas e reduzem a poluição urbana. 

Tem mais: Começou domingo (17), em Vila Velha (ES), a operação de bicicletas compartilhadas adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida. São triciclos especiais, acionados com os braços (handbikes), com tecnologia da empresa canadense PBSC trazida pela brasileira Tembici. Vamos acompanhar.

 

Por fim, avisamos que as equipes da Campanha Calçadas do Brasil 2019 já estão nas ruas de 26 capitais brasileiras para avaliar a acessibilidade e caminhabilidade nessas cidades. Nesta semana publicamos relatos sobre a campanha em Curitiba e Cuiabá, onde professores e alunos de universidades assumiram a tarefa e já estão em campo. Nos próximos dias publicaremos informações sobre outras cidades. Em tempo: ainda não temos ninguém para as avaliações em Boa Vista, Roraima. 

 

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