Um hiato de décadas entre as estações Granja Julieta e Santo Amaro, na Linha 9 Esmeralda da CPTM, em São Paulo, poderá ser finalmente preenchido com a construção da estação João Dias. Uma empresa privada, a incorporadora Tegra, (ex-Brookfield) manifestou interesse em bancar a obra e posteriormente doá-la ao governo paulista.
A Tegra anunciou que o investimento na futura estação ira melhorar a mobilidade e acessibilidade para milhares de pessoas que trabalham no Complexo 17007 Nações Unidas, construído e inaugurado em 2018 pela empresa incorporadora. A estação João Dias ficará exatamente em frente ao complexo da Tegra. Há dez anos, quando lançou o projeto, a empresa já considerava construir a estação para a CPTM. A informação havia sido publicada no Diário Oficial de 1º de março como uma Manifestação de Interesse Privado (MIP) e por isso tem até o dia 5 de abril para que outros possíveis interessados façam ofertas iguais ou superiores à da Tegra.
Localização da futura estação João Dias Reprodução Metrô CPTM
Mas, segundo informações do site Metro CPTM, o projeto da estação evoluiu lentamente pela dificuldade das gestões estaduais em equacionar uma fórmula para receber a doação. No início de 2019, a gestão de João Doria aproveitou a oportunidade e avançou a proposição para o projeto.
Antiga Sorocabana
A Linha 9 Esmeralda da CPTM tem origem na antiga linha ferroviária Sorocaba-Santos, da Estrada de Ferro Sorocabana. Até meados de 1975 o trecho funcionava para trens de passageiros que seguiam para Santos e Itanhaem, no Litoral Sul, e atendia bairros distantes da cidade de São Paulo, como Parelheiros, no extremo sul da capital paulista. Em 1979, o trecho foi incorporado pela antiga Fepasa (estatal paulista de trens), que modernizou a linha, mas suprimiu várias estações do trecho que margeia o rio Pinheiros. Após a criação de outra estatal, a CPTM, a linha passou por nova modernização, com a instalação de mais estações, mas a antiga parada João Dias ainda aguarda sua reativação.
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