O Bike Sampa iniciará testes com bicicletas elétricas em São Paulo a partir da próxima segunda-feira (18). O anúncio foi feito nesta segunda (11), dia em que a concorrente Yellow estreou o serviço de empréstimo de bikes elétricas na capital paulista.
No entanto, os usuários terão de contar com a sorte para encontrar um veículo elétrico. Inicialmente, haverá só 20 unidades entre as mais de 2.500 bikes. Não haverá como pesquisar onde elas estão pelo aplicativo do Bike Sampa: só indo nas estações e vendo uma a uma. As elétricas possuem um botão de ligar na base do guidão, que mostra o nível de carga da bateria.
“O teste deve durar entre 60 e 90 dias. Vamos avaliar como os usuários recebem as bicicletas e ir ampliando aos poucos”, diz Rafael Orlandi, gerente responsável pelo Bike Sampa.
“A ideia é ter no futuro dois sistemas, um de bicicletas normais e outro de elétricas, que terão cor diferente”, prossegue o gerente. Como comparação, em cidades como Madri e Lisboa, todas as bicicletas dos serviços públicos de empréstimo são elétricas.
A expectativa é que cada veículo com motor faça três vezes mais viagens diárias que os tradicionais, o que daria em torno de 15 retiradas por dia. “Além de deixar as viagens mais rápidas, esse modelo cria mais opções de percurso”, explica Orlandi.
Por demandar pouco esforço, a versão elétrica deve atrair mais pessoas, especialmente aquelas que não estão com o preparo físico em dia ou que não querem chegar suadas ao destino.
O Bike Sampa possui estações nas zonas sul e oeste da cidade, em bairros como Pinheiros, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Vila Leopoldina, Jardins, Paraíso e Vila Mariana. O serviço é operado pela Tembici e patrocinado pelo Itaú.
Teste na Paulista
O modelo em teste em São Paulo é bem robusto. O design é quase idêntico ao das bicicletas do Bike Sampa, mas a estrutura é mais pesada. No entanto, a sensação de peso desaparece ao dar a partida, graças ao apoio do motor elétrico, que dá reforço às pedaladas.
Em um teste realizado na avenida Paulista na tarde de segunda (11), a assistência elétrica entrou em ação na segunda ou terceira pedalada. A velocidade aumenta sem que seja preciso fazer esforço. Foi possível andar quase na mesma velocidade de patinetes elétricos, fazendo movimentos leves.
O veículo pode chegar a 25 km/h e tem autonomia para percorrer até 60 km. Se a carga acabar, a bicicleta segue funcionando, mas aí dependerá apenas da força do ciclista.
O motor é especialmente útil nas ladeiras. Subi duas quadras da alameda Casa Branca, ao lado do parque Trianon, como se estivesse passando por uma rua reta.
O guidão e o assento são bastante confortáveis. Não há botões para controlar o nível de ajuda do motor, nem para ligá-lo ou desligá-lo. Também não há velocímetro: apenas um indicador da carga da bateria. As bicicletas foram fornecidas pela PBSC, empresa canadense que também atende aos serviços de empréstimo em cidades como Nova York e Barcelona.
Durante o período de teste, o custo para retirar uma bike elétrica será o mesmo das normais. Há planos para uso diário (R$ 8), três dias (R$ 15), mensal (R$ 20) e anual (R$ 160). Ao fazer um deles, é possível rodar até uma hora sem pagar nada a mais. Depois disso, são cobrados R$ 5 por hora adicional. O cadastro é feito pelo site ou pelo aplicativo.
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