São Paulo: 11 empresas querem operar patinetes elétricos

Chamamento público foi encerrado ontem (18) pela Prefeitura de São Paulo. Próximo passo é a definição de áreas de serviço e regras de circulação

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Fonte: Prefeitura de São Paulo/ Folha de S.Paulo  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 19 de fevereiro de 2019

Patinete da empresa Lime, em Lisboa, Portugal

Patinete da empresa Lime, que já opera na Europa

créditos: Divulgação Lime


Onze empresas atenderam ao chamamento público da Prefeitura de São Paulo para operar sistemas de patinetes elétricos na capital paulista. Entre elas estão a Tembici (que opera as bikes do Itaú), Yellow e Grin (que anunciaram sua fusão na Grow), Serttel (ex-operadora do BikeSampa), e a empresa de aplicativos Uber. Além destas, inscreveram-se também a  Bird, FlipOn, Lime (que já operam em outros países), Mobileasy, Scoo (pioneira nesse serviço em SP) e Trunfo. Juntas, elas têm potencial para colocar até 100 mil patinetes na cidade. 

 

Agora, as empresas inscritas deverão definir as áreas em que pretendem atuar e ajustar as regras de circulação pela cidade. Em paralelo, segue tramitando na Câmara Municipal de São Paulo o Projeto de Lei 01/2019, do vereador Police Neto, que estabelece o Sistema de Micromobilidade Compartilhada e aponta para a integração de bicicletas e patinetes compartilhados com a rede de transporte de massa. O projeto está aberto para sugestões pelo link https://policeneto.com.br/v1/consultas-publicas-exibe/?consulta_id=6

 

Consultado pelo jornal Folha de S. Paulo, Police Neto afirmou que esse mercado pode chegar a até 15 milhões de deslocamentos por dia. O vereador citou estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), segundo o qual 35% dos cerca de 40 milhões de deslocamentos diários na cidade podem ser “cicláveis”, envolvendo bicicletas, bicicletas elétricas e patinetes.

 

Proibição nas calçadas
A urbanista Meli Malatesta, do blog Pé de Igualdade, lembra que a prefeitura paulistana defende, a princípio, que os patinetes não sejam permitidos na calçadas.

"A velocidade dos patinetes (entre 6 a 25 Km/h) é superior a da caminhada (em média 4,5 Km/h) principalmente quando se trata de idosos e crianças (3 Km/h), os mais vulneráveis. A disponibilidade de mais um tipo de ciclo (definição atual para este tipo de veículo, de acordo com o Anexo I do CTB) é mais um motivo para justificar a urgente melhoria e expansão da rede cicloviária da cidade, principalmente nos locais alegados injustificados pela não existência de usuários ciclistas. Esperemos que não se repita aqui em São Paulo o que ocorreu em outras cidades do planeta onde os patinetes tem sido banidos por conta dos inúmeros conflitos com pedestres nas calçadas, pois se perderia uma ótima iniciativa de disponibilidade de mais um modal para viagens menos extensas", comentou Meli.

 

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