Governo da Bahia assina contrato de "VLT Monotrilho elevado"

Para o consultor Peter Alouche, VLT e Monotrilho são diferentes, têm tecnologia diversa, com operação e manutenção distintas

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Fonte: Diário do Transporte  |  Autor: Alexandre Pelegi  |  Postado em: 13 de fevereiro de 2019

Monotrilho da BYD

Monotrilho da BYD

créditos: Divulgação


Na manhã de hoje (13) foi assinado pelo governador da Bahia Rui Costa o contrato de PPP das obras de implantação do “Sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)” que ligará o Comércio, em Salvador, até a Ilha de São João, no município de Simões Filho.

 

Apesar de o governo baiano insistir na terminologia VLT, o modal a ser construído é um legítimo monotrilho, fornecido e operado pela empresa chinesa BYD, que comanda o consórcio Skyrail Bahia, composto também pela Metrogreen.

 

O contrato, no valor de R$ 1,5 bilhão, será realizado por meio da modalidade de Parceria Público-Privada (PPP).

 

Durante o evento de assinatura do contrato, no Salão de Atos da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), foi exibido um vídeo que mostra como será a ligação de Salvador até Simões Filho pelo novo modal. No título, o VLT é tratado como “VLT Monotrilho elevado”.

 

VLT ou monotrilho?

Para o consultor Peter Alouche, apesar da imprensa da Bahia e do próprio governo do Estado insistirem em chamar a obra de VLT de subúrbio, ele esclarece que VLT e Monotrilho são modos de transporte próximos, mas diferentes. “Eles têm uma tecnologia diversa, com uma operação e manutenção distintas, com fornecedores próprios, com cuidados de segurança diferentes, cada um com suas vantagens e suas desvantagens”, diz.

 

“Os dois modos têm suas características próprias que determinam sua perfeita adequação num determinado corredor. O que os une é a oferta de transporte, que ambos podem garantir, bem parecidas (média capacidade) e a sua inserção urbana como transporte limpo, além de seu bom atendimento  ao público. Tudo obviamente pressupondo que os dois modos sejam implantados adequadamente”, diz Peter.

 

O consórcio Skyrail venceu o certame em maio de 2018, e terá agora o prazo máximo de 90 dias para iniciar as obras, com previsão de conclusão em 24 meses.

 

O VLT “do tipo monotrilho” será movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes, com ar-condicionado e wi-fi.

 

O modal fará o trajeto da Ilha de São João, em Simões Filho, ao bairro do Comércio, em Salvador. Ao todo, serão 22 estações e cerca de 20 km de extensão.

 

 

Mudança de modal

O resultado da licitação para implantação e operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio Ferroviário de Salvador foi anunciado no dia 23 de maio de 2018. 

 

O Consórcio Skyrail Bahia, liderado pela empresa BYD Brasil e com participação da Metrogreen apresentou proposta no modelo de Parceria Público Privada (PPP), com desconto de 0,01% na contraprestação anual, que será de R$152.977.352,12. O investimento total previsto do VLT é de R$ 1.5 bilhão. O projeto foi analisado e aprovado pela Comissão de Licitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). 

 

O VLT metropolitano ligará a região do Comércio de Salvador até a Ilha de São João, no município de Simões Filho, e será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, sem emissão de agentes poluentes que prejudicam o meio ambiente.

 

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