Yellow e Grin juntas: o casamento da bike com o patinete

Startups brasileira e mexicana anunciam fusão e um investimento de 150 milhões de dólares no serviço de compartilhamento para se proteger da concorrência

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Fonte: Exame  |  Autor: Filipe Serrano  |  Postado em: 30 de janeiro de 2019

Para esta união, startups levantaram mais US$ 150

Para esta união, startups levantaram mais US$ 150 milhões

créditos: Yellow/ Divulgação


A startup brasileira Yellow e a mexicana Grin anunciaram nesta quarta-feira (30) uma fusão das duas empresas que operam o aluguel de bicicletas e de patinetes elétricos compartilhados em cidades do Brasil e de outros seis países da América Latina.

 

Graças à união, as duas marcas levantaram um investimento adicional de 150 milhões de dólares com os fundos que já eram sócios das empresas, com o objetivo de expandir a presença na América Latina e se preparar para uma eventual concorrência de startups americanas, que já sinalizaram que devem entrar no Brasil em 2019.

 

Entre os principais investidores das startups estão os fundos GGV Capital, Monashees, Y Combinator, Trinity Ventures, Shasta Venture, Base10 e outros, que já haviam investido cerca de 145 milhões de dólares nas duas startups até 2018.

 

“Vemos que o nosso mercado mudará muito rápido e, se pensarmos em tudo que queremos realizar, fica muito claro que agora era o momento de fazer esta fusão”, disse à reportagem da Exame o mexicano Sergio Romo, fundador da Grin, que será o presidente da nova startup. “Temos que pensar não somente no que deve ocorrer em 2019, mas também numa estratégia de como sair à frente da concorrência e ganhar daqui a cinco anos.”

 

Concorrentes

Em abril do ano passado, o aplicativo de transporte Uber comprou a startup de bicicletas compartilhadas Jump, que opera em 12 cidades americanas e em Berlim, na Alemanha, e tem dado sinais de que pretende trazer o serviço para o Brasil. Outra empresa de bicicletas e patinetes elétricos que pretende estrear no país em 2019 é a Lime, o que também deve aumentar a concorrência da Yellow e da Grin.

 

Segundo Ariel Lambrecht, um dos fundadores da Yellow, por enquanto os aplicativos vão continuar operando separadamente e ainda não há uma definição se uma das marcas será extinta. “A primeira coisa que deve acontecer é as pessoas conseguirem usar os veículos da Grin com o aplicativo da Yellow ou vice-versa”, diz Lambrecht, que agora terá o cargo de diretor-executivo de produtos.

 

Com a fusão, Eduardo Musa, cofundador da Yellow e ex-presidente da fabricante de bicicletas Caloi, deixará o dia a dia da administração da startup.

 

A nova empresa combinada será batizada de Grow (união de Grin e Yellow) e se tornará uma das maiores operadoras de bicicletas e patinetes compartilhadas do mundo, com 135 mil veículos disponíveis em 17 cidades.

 

As duas startups começaram a operar no segundo semestre de 2018 e realizaram em cerca de seis meses 2,7 milhões de corridas de bicicletas e patinetes. Ao todo, Grin e Yellow empregam cerca de 1.100 funcionários, espalhados em escritórios no Brasil, no México e outros países latino-americanos.

 

Presentes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, além de Cidade do México, Bogotá (Colômbia) e Santiago (Chile), as bicicletas amarelas da Yellow e os patinetes verdes da Grin se tornaram uma nova alternativa de transporte urbano e um símbolo de um movimento para reduzir a dependência dos automóveis.

 

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