Foi divulgado na semana passada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) um edital de chamamento de manifestação de interesse para a implantação de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
O comunicado foi publicado na segunda-feira (21) no Diário Oficial do DF, e as empresas interessadas terão 120 dias a partir daí para encaminhar propostas.
Pelo texto, nesta fase deverão ser apresentados projetos, estudos e levantamentos para a construção do meio de transporte que correrá pela via W3, em Brasília.
A administração pública, por meio da Secretaria de Transporte e Mobilidade, quer firmar uma parceria público-privada (PPP) para construir o trem que ligará os terminais da Asa Sul e da Asa Norte, passando pela W3 até chegar ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
A proposta é que seja um VLT elétrico, com uma linha de 22 km de extensão. Será avaliado um enxugamento de linhas de ônibus no trajeto por onde o trem deverá circular.
Promessa antiga
O projeto anunciado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para levar o VLT do Aeroporto JK à W3 Sul não é novo. Em 2012, a obra chegou a ser anunciada como uma das principais intervenções para a Copa do Mundo de 2014, mas, após inúmeros questionamentos da Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), acabou retirada da Matriz de Responsabilidades do Mundial.
Somente o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pediu cinco vezes a anulação do contrato. O órgão reconheceu indícios de que um estudo de impacto ambiental não havia sido realizado, pois as obras previam a derrubada de diversas árvores na W3.
Um ano antes, o então governador Agnelo Queiroz (PT) chegou a anunciar que haveria nova licitação, mas o certame não avançou. O VLT foi orçado em R$ 1,5 bilhão, com percurso que ligaria o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao final da Asa Norte, em um trajeto de 22,6 km e 25 estações.
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