Com previsão de término da reforma estimada em dezembro de 2019, a utilização da Ponte Hercílio Luz, tradicional símbolo arquitetônico de Florianópolis, já está definida e deve priorizar as pessoas e o transporte coletivo, além do uso de bicicletas.
Para o prefeito Gean Loureiro (MDB), “não adianta liberar imediatamente o tráfego para carros porque irá gerar novos pontos de congestionamento”. A ideia é dar prioridade ao transporte coletivo para atrair as pessoas para esse modal e conseguir dar mais velocidade ao trânsito. “Também devemos priorizar as bicicletas e, nos finais de semana, usá-la apenas como referência turística, com atividades culturais como largadas de maratonas, corridas de bicicleta, ou seja, transformar verdadeiramente a ponte para que seja muito mais que um símbolo, uma realidade turística de Santa Catarina”, defende.
A proposta, que já teria sido discutida com a sociedade, foi revelada nesta quarta-feira (23) pelo prefeito Gean Loureiro, após sua primeira reunião com o secretário estadual de Infraestrutura e Mobilidade, Carlos Hassler, na terça (22).
Segundo o prefeito, durante o encontro o secretário teria afirmado que o governo do Estado está preocupado com a construção e a entrega da obra da ponte no prazo acertado, que é dezembro de 2019. Já o uso e a definição do que será feito no entorno, é com a prefeitura, afirmou.
Andamento da reforma
No dia 18 deste mês, o secretário estadual de Infraestrutura, Carlos Hassler, apresentou um cronograma financeiro da obra de recuperação da ponte Hercílio Luz, durante reunião do Comdes (Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Florianópolis). Segundo o secretário, falta aplicar R$ 115,7 milhões para o término da obra.
Hassler adiantou que ainda este mês será assinada a ordem de serviço para que a empresa portuguesa Teixeira Duarte faça o reforço das estruturas que sustentam a ponte, através de um contrato emergencial, ao custo de R$ 3,1 milhões (já incluídos nos 115,7 milhões).
Também foram apresentadas as estimativas de gastos com a manutenção da ponte, após a conclusão da reforma. De acordo com o levantamento da secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, seriam necessários R$ 1,8 milhões por ano para inspeção e manutenção da parte metálica e R$ 15 milhões para fazer uma pintura a cada 15 anos para proteger e evitar a corrosão da estrutura.
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