Enviado no fim de outubro à Assembleia Legislativa (Alesp), um projeto de lei do governo de São Paulo prevê redução em 2019 de 9,86% nos recursos para o Metrô e de 8,8% para a CPTM, na comparação com o orçamento aprovado para este ano.
Caso o texto passe pelo Legislativo, os recursos ao sistema metroferroviário - responsável pelo transporte em média, por dia útil, de 7 milhões de passageiros - cairão de R$ 2,28 bilhões (2018) para R$ 2,05 bilhões.
A justificativa da companhia do Metrô é que não haverá tantos investimentos em obras no ano que vem, e que o custeio diário das operações do metrô, incluindo manutenção e pagamento de funcionários, é coberto pela arrecadação com a tarifa.
A empresa argumenta ainda que não há previsão, no próximo ano, de inauguração de novas estações e que a única expansão prevista - a da linha 6-laranja, ligando a Brasilândia (zona norte) ao centro - está parada.
Audiência pública
As explicações não convenceram setores de trabalhadores, parlamentares e outros envolvidos na prestação do serviço no próximo período. Para discutir essa perspectiva de corte no orçamento, e ainda o processo de privatização do Metrô, será realizada na Assembleia Legislativa (Plenário Dom Pedro I) uma audiência pública no dia 26 de novembro, a partir das 14h. Quem chama a reunião são deputados do Psol, PT e PSTU, com apoio do sindicato dos metroviários de São Paulo.
Leia também:
Governo paulista volta a anunciar trem intercidades
Um VLT na Grande São Paulo, sugere a CPTM
Justiça suspende obras do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô de SP
O viaduto caiu. E não foi por falta de aviso
Metrô de Pequim deve crescer 300 km nos próximos três anos