Bicicletas fazem parte do sistema de transporte urbano há mais de um século. Mas, foi somente no final dos anos 1990 que os sistemas de compartilhamento de bicicletas surgiram como uma possível solução para encorajar modos alternativos de transporte nas cidades.
"Estamos tentando atrair pessoas que não são ciclistas, nem mesmo usuários regulares de bicicletas", diz Nick Foley, chefe de produtos da empresa de bicicletas elétricas compartilhadas "Jump". A cor vermelha faz parte do espírito de design de Foley: "Para colocar todo mundo em uma bike, primeiro você deve atrair a atenção dos possíveis passageiros. Obviamente, não é a bicicleta perfeita para todos os tipos de usuários, mas o que conseguimos fazer foi alcançar algo que é uma ótima experiência de condução para quase todos as pessoas.
A bike Jump tem estrutura de alumínio. Mede 112 cm de altura e 176 cm de comprimento. O guidão tem 62 cm de largura e suporta uma cesta integrada, grande o suficiente para guardar uma mochila ou um grande saco de mantimentos. É equipada com GPS, com motor de 250W e sistema de freio Shimano. Com uma única carga na bateria, pode rodar por cerca de 48 km, o que Foley diz que corresponde à distância percorrida pela maioria das bicicletas em um dia.
Cesto integrado ao guidão Foto: Jump
Quarenta mil bikes
A Jump atualmente opera 40 mil bicicletas em 13 cidades dos EUA, incluindo São Francisco, Nova York e Chicago. São bicicletas sem estações, que podem ser trancadas em qualquer objeto fixo na calçada, como um parquímetro, um pequeno poste ou um banco. E em abril passado, a empresa foi comprada pela Uber, que iniciou a operação com patinetes e já pretende levar o sistema para Berlim e outras cidades europeias, ainda em 2018. E depois, pelo mundo.
*Tradução e adaptação: Marcos de Sousa/Mobilize Brasil
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