Ministro defende VLT e jura que não mandou alterar projeto de transporte de Cuiabá

Em depoimento a uma comissão do Senado nesta quinta-feira (8), o ministro das Cidades, Mário Negromonte, voltou a negar as suspeitas de corrupção na pasta

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 |  Autor: O Documento  |  Postado em: 08 de dezembro de 2011

Silval Barbosa

Silval Barbosa

créditos: marcosrobertoaf.blogspot.com

Ele se ofereceu para fazer um juramento se fosse preciso para repelir a denúncia de que intercedeu para alterar um projeto para a Copa do Mundo de 2014, a ser instalado em Cuiabá e que custará R$ 700 milhões a mais.
 

Uma reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo” afirmou que o projeto de viabilização de ônibus de alta velocidade em Cuiabá foi trocado por um de veículo leve sobre trilhos (VLT). Negromonte afirmou que apenas o Rio de Janeiro não solicitou troca de modal de transporte em seus projetos de mobilidade urbana. E que o governo federal não arcaria com valores adicionais apesar do pedido do governador Silval Barbosa (PMDB).

 
“A idade de mentir já passou. Se houver qualquer Bíblia aqui para fazer juramento, eu farei”, disse o ministro à Comissão de Fiscalização e Controle durante uma audiência pública.

 
“Eu não determinei à minha diretora Luiza Gomide nem ao meu chefe de gabinete que fizessem nenhuma gestão sobre isso.” Um técnico do ministério se manifestou contra a troca de modal de transporte no Mato Grosso e seu relatório foi alterado pela diretora. Uma sindicância foi instalada para apurar o caso.

 
Negromonte defendeu a alteração. “Todos os Estados e capitais solicitaram mudança de modal, menos o Rio de Janeiro. O governador do Mato Grosso também solicitou. Com o BRT, haveria 1.300 intervenções, encareceria muito e nasceria superado. Eu disse a ele que o problema era apenas o dinheiro, que o governo federal não aportaria mais recursos”, afirmou.

 
A diretora alegou que o técnico responsável pelo parecer contrário ao VLT, Higor Guerra, incluiu uma análise “cheia de achismos e adjetivos” no projeto. Chamado a revisar o texto, ele não teria concordado com alterações.

 
A proposta para construção de espaços para ônibus custaria R$ 489 milhões, enquanto a de um VLT na capital do Mato Grosso sairia por R$ 1,2 bilhão.

 
O Ministério Público Federal no DF instaurou uma investigação para apurar as acusações. O MPF-DF informou que possui duas notas técnicas com pareceres contra e a favor da mudança do projeto e a apuração poderá comprovar se houve prática de improbidade administrativa por gestores do ministério.
 

A repercussão da mudança de projetos também será analisada pela Procuradoria da República em Mato Grosso.


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