A partir de janeiro de 2019, a cidade de Nova York planeja oferecer um desconto de 50% nas tarifas do transporte público para moradores de baixa renda.
A proposta foi incluída no orçamento da cidade para o ano que vem, aprovado na segunda-feira (11). O bilhete simples, para uma viagem de metrô, custa US$ 2,75 (cerca de R$ 10).
Segundo o jornal New York Times, a expectativa é que serão beneficiados cerca de 800 mil nova-iorquinos que têm renda familiar abaixo de 25 mil dólares anuais (cerca de R$ 93 mil, ou uma média equivalente a R$ 7,7 mil mensais), para manter quatro pessoas. O valor é considerado a linha de pobreza nos EUA.
Para custear a ideia, o orçamento da MTA, empresa que opera os transportes, recebeu um acréscimo de 106 milhões de dólares (R$ 394 milhões), considerado o suficiente para cobrir as tarifas reduzidas pelos primeiros seis meses.
O prefeito de NY, Bill de Blasio, defendia que o dinheiro para este projeto viesse de um novo imposto, a ser cobrado de pessoas de alta renda. No entanto, a ideia não avançou e os recursos foram remanejados de outras partes do orçamento.
Projetos similares da chamada 'tarifa justa' foram implantados em Seattle, em 2015, e em Toronto, no Canadá. Na cidade canadense, o desconto é oferecido desde março a beneficiários de programas sociais.
No Brasil, inúmeros municípios subsidiam o valor das passagens, além de dar descontos ou passe livre para estudantes e idosos. Só a cidade de São Paulo gastou R$ 2,9 bilhões para cobrir os custos do sistema de ônibus em 2017.
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