Há uma semana, no dia 5 de junho (Dia Mundial do Meio Ambiente), o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou nova turma de um curso gratuito para incentivar os medrosos a assumirem o volante de seus carros.
Em tempos de gasolina e congestionamentos em alta, pareceria mais razoável oferecer orientações aos motoristas que têm receio de andar de bicicleta. Atualmente, o Distrito Federal tem mais de 400 km de ciclovias e ciclofaixas. No entanto, na área central de Brasília as ciclovias ainda têm pouco movimento de ciclistas.
É nítido o contraste entre as pistas cheias de carros e as ciclovias vazias. Há alguns problemas no caminho, como falta de conexão entre ciclovias e falha na sinalização, mas dá para seguir pedalando sem grandes dificuldades na área central. Muitas vezes, basta apenas orientação quanto ao melhor trajeto.
São muitas as vantagens no uso da bicicleta, tanto individualmente (saúde física e mental, praticidade e economia), quanto do ponto de vista coletivo (mais bicicletas representam menos carros e menor nível de sedentarismo e menor demanda por pistas e estacionamentos).
Considerando a infraestrutura cicloviária extensa e ociosa e ainda os congestionamentos constantes causados pela frota motorizada crescente (cerca de 1,8 milhão de automóveis registrados no DF), o Detran e os órgãos relacionados à mobilidade poderiam incentivar, com ações práticas, o uso de alternativas ao carro, incluindo a bicicleta. E por que não promover um curso gratuito aos que têm medo de pedalar?
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