No primeiro dia de atividades, o Bicicultura Rio 2018 discutiu a segurança dos ciclistas no ambiente urbano, e os meios de luta que possam reduzir os acidentes com bicicleta no trânsito das cidades brasileiras. E ainda como se pode articular e envolver o poder público nas ações de proteção a quem opta pela bicicleta para se locomover. Para tratar do tema, falaram ontem (8) no evento dois representantes da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), Ana Carolina Nunes e Flávio Soares.
Ambos abordaram como vem se dando a interlocução com a Prefeitura de São Paulo e os órgãos do transporte público na cidade. Segundo eles, os ônibus respondem por cerca de 11% dos acidentes com ciclistas, sendo que 25% são a parcela de acidentes fatais. E, muito embora os automóveis sejam os principais responsáveis pelos acidentes com ciclistas (cerca de 60%), a entidade decidiu focar ações na articulação com o poder público na área do transporte por ônibus, por entender que os carros particulares demandam ações mais complexas, dentro de um universo de relações mais difuso com a sociedade.
Com os gestores do transporte público, observaram os ativistas, pode-se obter respostas mais rápidas e efetivas, articulando ações como por exemplo na capacitação de motoristas, o que traria com mais efetividade de ação um melhor relacionamento entre os dois modais no trânsito. Informaram ainda que uma nova pesquisa da Ciclocidade sobre acidentes com ciclistas deverá ser divulgada em breve.
Bicicultura, encontro que começou ontem (8) no Rio e vai até domingo. Foto: Marília Hildebrand
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