No próximo dia 30, Sexta Feira da Paixão, será realizada mais uma Bicicletada Massa Crítica. Trata-se de um evento mundial, que ocorre sempre na última sexta-feira do mês. Neste ano, como a data com a "sexta-feira santa", algumas páginas nas redes sociais destacaram a figura legendária de Nossa Senhora de Ghisallo, que é considerada a padroeira católica dos ciclistas.
Madonna di Ghisallo é nome de uma colina na região da Lombardia, norte da Itália. A colina foi batizada após uma "aparição da Virgem Maria" ao Conde Ghisallo que, na Idade Média, ao ser atacado por bandidos, se refugiou em uma capela e lá viu sua imagem.
Capela de Ghisallo: o interior do templo se tornou uma espécie de museu do ciclismo
Como a região fazia parte do Giro di Lombardia, importante prova ciclística italiana, o padre local, Ermelindo Viganò, propôs que a santa fosse declarada padroeira dos ciclistas. A sugestão foi acatada pelo Papa Pio XII e a igreja de Nossa Senhora de Ghisallo foi consagrada oficialmente em 1949.
O santuário se tornou um centro de romaria de ciclistas do mundo todo e acabou se transformando em um pequeno museu do ciclismo. As paredes da capela são adornadas por camisas de ciclistas famosos, flâmulas de equipes, além de fotos e bicicletas, dentre as quais se destaca a do ciclista italiano Fabio Casartelli, campeão olímpico de 1992, em Barcelona, e que morreu durante uma etapa do Tour da França em 1995. Com o tempo, a coleção da capela ficou tão grande que, ao seu lado, foi criado o Museu do Ciclismo para guardar parte do acervo.
Na capela há também uma chama eterna, em homenagem a todos os ciclista que já morreram.
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