Projeto de "BRT 2.0" é apresentado em Manaus

Projeto CIVI, versão avançada de sistema BRT, foi apresentado à Prefeitura por grupo de empresas capitaneada pela Volvo, para ocupar três corredores viários da capital

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Fonte: Diário do Transporte  |  Autor: Alexandre Pelegi  |  Postado em: 06 de fevereiro de 2018

No projeto CIVI para Curitiba, estações a 6m de pr

No projeto CIVI para Curitiba, estações a 6m de profundidade

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Manaus pode ter um “BRT 2.0”. Pelo menos esta é a intenção de um consórcio de empresas capitaneado pela Volvo, que nesta segunda-feira (5) apresentou à prefeitura da cidade o “City Vehicle Interconnected (CIVI)”, uma nova modalidade de BRT (Bus Rapid Transit).

A implementação do sistema deve ser feita na modalidade Parceria Público-Privada (PPP). O consórcio é formado pela Volvo Brasil, Tracbel e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).

Chamado também de “BRT 2.0”, a proposta abrange três corredores viários, que interligariam as zonas Leste e Norte da capital do estado do Amazonas.

BRT de segunda geração
Segundo o representante da Volvo, Ayrton Amaral, que apresentou o projeto à prefeitura, o “CIVI” difere dos BRTs tradicionais no uso da tecnologia, como se fosse uma segunda geração do BRT. A proposta apresentada inclui a construção de estações com Wi-Fi e um sistema com informações em tempo real sobre o transporte para smartphones.

Amaral informou que a intenção do projeto é estabelecer uma nova relação do usuário com o transporte público, o que segundo ele "só é possível com velocidade, confiabilidade, segurança e tarifa justa".

A partir da proposta apresentada pelas empresas, o prefeito de Manaus Artur Neto (PSDB) fará um Chamamento Público, em caráter nacional, para que outras empresas ou grupos interessados se apresentem.

A estimativa de investimentos para a implantação do BRT em Manaus varia entre R$ 1 e R$ 1,5 bilhão. A Prefeitura estima bancar 30% do valor (de R$ 300 a R$ 450 milhões), cabendo ao grupo vencedor do chamamento se responsabilizar pelos 70% restantes. Artur Neto afirmou que o chamamento público deve ser feito o “quão logo possível”.

Modelo CIVI
Em 2016, o Diário do Transporte divulgou a proposta que a Volvo apresentara para a prefeitura de Curitiba por meio de uma PMI – Pesquisa de Manifestação de Interesse. O sistema tem a mesma concepção do que agora foi apresentado em Manaus.

Segundo aquela proposta, o CIVI – City Vehicle Interconnect para Curitiba deve contar com ônibus híbridos e posteriormente elétricos puros. Cerca de 300 estações tubos seriam interconectadas por cabos de fibra ótica e os passageiros teriam wi-fi, painéis com informações sobre os horários e as linhas, além de ar-condicionado nos espaços. 

O CIVI foi projetado para as cidades que desejam se tornar reconhecidas como Smart Cities, ou cidades conectadas. Desenhado para a capital paranaense, sede do Grupo Volvo na América Latina, o projeto pode ser customizado para qualquer cidade.

O sistema pode operar com veículos híbridos – que reduzem as emissões de poluentes, por funcionarem com propulsão elétrica e por combustão -, nas versões convencional e articulada. Nos sistemas que exijam capacidade máxima de passageiros o CIVI também pode ser operado com os biarticulados tradicionais.

“A evolução do BRT está intrinsicamente relacionada às novas possibilidades geradas pelo desenvolvimento da tecnologia híbrida veicular e dos avanços das ferramentas de conectividade nas cidades inteligentes. Essa é a essência da criação do City Vehicle Interconnected, denominado CIVI”, afirma Ayrton Amaral, que é especialista em mobilidade urbana da Volvo Bus Latin América.

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