O corredor Transoeste do BRT, que custou R$ 100 milhões, vai deixar de funcionar. A decisão foi comunicada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e deixará mais de 30 mil passageiros a pé. O trecho conta com 22 estações e opera com 33 ônibus articulados. Toda a obra de construção do BRT custou R$ 800 milhões.

Segundo o consórcio que administra o BRT, não há segurança nesse trecho e a evasão de passageiros é grande, ou seja, muitos embarcam sem pagar a passagem e, por isso, não é possível continuar operando. Parte dos usuários do corredor reclama de estações fechadas, além de problemas nas composições, como bancos ruins e ônibus quebrados.

A região atendida é uma das mais importantes da cidade. Só a área de Campo Grande conta com 328 mil moradores. Ainda de acordo com a direção do consórcio, foram gastos R$ 800 milhões para a obra de construção do BRT.

A área de Campo Grande, atendida pelo sistema, conta com 328 mil moradores, de acordo com o censo de 2010 do IBGE. Algumas estações estão fechadas. São vários os casos de depredações e roubos. O consórcio afirma que gasta milhões em manutenção todos os anos para repor o que foi destruído. 

Por outro lado, os usuários estão preocupados com a notícia, porque afirmam que com o BRT o tempo de viagem foi reduzido pela metade. O trajeto entre Santa Cruz e Campo Grande, que antes levava mais de uma hora dependendo do horário, passou a ser feito em meia hora com o BRT. Caso fiquem sem o BRT, os moradores da Zona Oeste cobram que a Prefeitura do Rio de Janeiro ofereça alternativas para os passageiros.

Leia também:
Governo do Rio inaugura linha do BRT Transoeste até dezembro
O não-legado da mobilidade urbana na Olimpíada Rio 2016
'Ônibus do BRT estão partindo ao meio' diz secretário de transportes do Rio
Em quase cinco anos, sistema BRT no Rio não funciona bem