O desafio de tirar o BRT (Transporte Rápido por Ônibus) do papel deixou de ser prioridade para a Prefeitura de São José dos Campos. Nos próximos quatro anos, o governo Felicio Ramuth (PSDB) prevê investir no projeto de mobilidade urbana apenas 32,7% dos R$ 840 milhões da obra.
A informação consta no PPA (Plano Plurianual) 2018-2021, entregue pela atual administração à Câmara Municipal há duas semanas. O Paço estima utilizar R$ 275,263 milhões para a construção do BRT na cidade. Desse montante, R$ 45,414 milhões seriam utilizados no próximo ano. Em 2019, haveria mais 143,709 milhões para o projeto. Já em 2020, a previsão é de 86,140 milhões. Para 2021, não há previsão de valores para o projeto.
O cronograma inicial indicava que as obras do modal seriam integralmente concluídas em quatro anos, com os primeiros trechos prontos depois de dois anos.
O BRT tem financiamento de R$ 800 milhões pela Caixa. Outros R$ 40 milhões corresponderiam à contrapartida da Prefeitura de São José. O governo Felicio Ramuth atribui a redução na estimativa de verba à negociação no Ministério das Cidades.
Esquema das futuras linhas do BRT de São José dos Campos
Licitação em pequenos lotes
A administração discute, desde o primeiro semestre, uma mudança nos rumos do projeto desenvolvido na gestão do ex-prefeito Carlinhos Almeida (PT). Somente após essa etapa será possível saber o destino da proposta."Na verdade, nós estamos trabalhando com um orçamento mais realista. Definimos uma estimativa e vamos fazendo ajustes anualmente", explicou o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Guimarães. "Queremos licitações em pequenos lotes", completou Guimarães, em entrevista por telefone na semana passada. O projeto original, elaborado na gestão de Carlinhos Almeida, previa uma concorrência pública em dois grandes lotes.
Conheça o projeto funcional do BRT de São José do Campos: www.sjc.sp.gov.br/media/422252/projeto_funcional_brt.pdf
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