Nesta semana o noticiário da mobilidade urbana foi discretamente invadido por várias notícias sobre veículos voadores, a nova promessa da indústria para resolver os desafios do transporte nas cidades.
Na Suíça, a empresa Passenger Drone anunciou os testes finais de um drone autônomo, com capacidade para até dois passageiros, que pode voar a 80 km/h graças a seus 16 motores elétricos alimentados por baterias.
Em Dubai, na última segunda-feira (25) o Príncipe Sheikh Hamdan bin Mohammed experimentou um vôo de cinco minutos em um veículo autônono da companhia alemã Volocopter (ligada à Daimler) e anunciou que pretende implantar o primeiro serviço de táxis autônomos voadores do mundo, em data ainda não definida.
E meses atrás, a gigante Airbus divulgou seu projeto PopUp, um carro elétrico autônomo que se converte em um drone para transporte de passageiros. Desenhado em parceria com a italiana Italdesign, o projeto foi apresentado no início do ano no 87º International Motor Show, em Genebra.
Há ainda o projeto holandês PAL-V e o Flyer, da startup americana Kitty Hawnk, uma espécie de moto voadora com quatro motores elétricos e capacidade para apenas uma pessoa, todos em etapas de vôos exprimentais.
Mas, além dos veículos para passageiros, várias companhias mundiais já estão utilizando drones para entregas de produtos, como a DHL, a Amazon e a Alibaba em parceria com a Shangai-YTO Express Logistics.
Entrega de encomenda da Aliababa com drone
Embora experimentais, as ações apontam a tendência de ocupar o espaço aéreo das cidades com esses novos veículos que, segundo seus fabricantes, sãoseguros, silenciosos, não emitem poluentes, evitam os congestionamentos e eliminariam os acidentes de trânsito.
Já em 2014, uma companhia de cervejas norte-americana, a Lakemaid, havia lançado um serviço de entregas de cervejas por meio de drones, especialmente para clientes que estão distantes dos centros das cidades. O transporte via drones e outros veículos voadores realmente parece ser uma boa ideia para locais ermos, com limitações de mobilidade. Mas corre o risco de virar mais uma praga urbana em cidades com milhões de habitantes.
Cerveja via coordenadas geográficas
Basta lembrar da triste Los Angeles do futuro, no filme Blade Runner, para antever o que está por vir por aí...