Prefeitura de SP quer prédios comerciais nos terminais de ônibus

Administração prepara modelo de concessão para empresas explorarem 27 terminais da cidade. Três deles já serão usados como teste

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Fonte: G1/ SP2  |  Autor: G1  |  Postado em: 16 de agosto de 2017

Terminal Princesa Isabel, um dos que entra nas con

Terminal Princesa Isabel, um dos que entra nas concessões

créditos: TV Globo/Reprodução

A Prefeitura de São Paulo vai convidar a partir de desta quarta-feira (15) as empresas interessadas em administrar, por pelo menos 30 anos, quase todos os terminais de ônibus da capital. A proposta é que 27 terminais virem prédios comerciais de cinco andares - contando aí com o espaço para os ônibus no térreo.

Os terminais Capelinha e Campo Limpo, na zona sul, e Princesa Isabel, no centro, serão usados como teste. 

O modelo de como a iniciativa privada deve gerenciar os terminais de ônibus deve sair por volta do fim do ano. A gestão Doria diz que o gasto anual com os terminais é de R$ 150 milhões e a arrecadação é de R$ 7 milhões.

Concessões
O pacote de concessões à iniciativa privada ainda não foi aprovado pelos vereadores, mas a Prefeitura já anunciou que quem administrar os terminais também vai poder construir prédios comerciais e residenciais nos espaços.

“Se hoje temos um terminal de 20 mil m2 que só serve para os ônibus, é térreo e tem no mínimo uma cobertura, então esta construção vai poder ter quatro pisos em cima que poderão ser shopping, habitação, comércio, faculdade, uma série de serviços inclusive para a própria população”, disse o secretário Wilson Poit. “A ideia é que seja uma concessão que depois retorna para a cidade.”

O edital de Chamamento Público do Procedimento de Manifestação de Interesse -PMI para apresentação de estudos para concessão por 30 anos de 24 Terminais de Ônibus Urbanos deve ser lançado no Diário Oficial na quinta-feira (17). Somados, estes 24 terminais têm área de 360 mil m² e recebem diariamente 712 mil passageiros.

Já os outros três terminais - Capelinha, Campo Limpo e Princesa Isabel -, embora  não façam parte deste procedimento, serão concedidos à iniciativa privada como uma espécie de projeto-piloto para as demais concessões. 

“A concessão prevê, além da operação, manutenção e exploração do terminal de ônibus, que o concessionário deverá implantar as medidas de qualificação urbana nas quadras contidas em seu entorno, em um  raio de 600 m de cada terminal, raio esse estabelecido no Plano Diretor”, afirmou por meio de nota a secretária Municipal de Urbanismo e Licenciamento, Heloísa Proença.

A prefeitura de São Paulo ainda afirmou que vai ressarcir as empresas por estes estudos em até R$ 24,4 milhões e que investidores estrangeiros poderão participar.

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