Eduardo Balint é um jovem brasileiro que vive nos Estados Unidos, quase na divisa com o Canadá. Ele acaba de concluir o high-school e está bem adaptado à vida local. Anda a pé, circula de bicicleta e, às vezes, pena esperando o ônibus, que também demora. De lá ele vai nos mandar alguns drops de conhecimento sobre a mobilidade em sua região. Leia o primeiro "drops de informação":
"Mobilidade urbana é hoje um desafio em todos os locais do mundo, desde grandes centros populacionais como São Paulo até pequenas cidades nos Estados Unidos. Moro atualmente em Mercer Island, uma localidade com 20 mil habitantes próxima a Seattle, e gostaria de compartilhar as principais diferenças e semelhanças com as principais cidades brasileiras. Não é um paraíso, como vocês verão, mas tem algumas qualidades que podem inspirar mudanças também no Brasil.
A primeira - e mais espantosa diferença - se refere aos semáforos para pedestres: em qualquer via, após 2 ou 3 segundos de seu acionamento, a rua já será liberada para que as pessoas possam fazer a travessia. São comuns também os semáforos com recursos auditivos, para auxiliar pessoas com deficiências visuais: após pressionar o botão, uma mensagem de áudio pede que o pedestre aguarde. Um ruído constante começa a soar até que nova mensagem informa que a rua já está livre para a travessia segura.
Semáforo sonoro: aviso indica momento seguro da travessia
Esses recursos facilitam muito o cotidiano de todas as pessoas, sejam elas crianças, jovens, idosos e especialmente pessoas com deficiência. Poupam tempo e aumentam a segurança nas ruas.
Mas, também aqui nos Estados Unidos encontramos locais com condições bem duras para pedestres. Por exemplo, calçadas sem pavimentação, feitas completamente de barro e terra, onde se formam buracos, que tornam muito difícil a passagem de pessoas com mobilidade reduzida, com uma cadeira de rodas por exemplo. Como se vê, mudar as cidades é um desafio para todos os países do mundo..."
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