Moradores das áreas de encostas dos bairros na região da Fazenda Grande do Retiro, Bonocô, Bom Juá, Saramandaia e Pernambués, em Salvador, deverão contar com um teleférico para acesso às estações do metrô da capital baiana, informou a Secretaria Desenvolvimento Urbano (Sedur) do governo da Bahia. Os estudos técnicos de engenharia encomendados pela Sedur deverão ser apresentados nos próximos 90 dias, ou seja até junho próximo, detalhando as localizações, custos e prazos das obras.
Julien Canton, da francesa Egis, declarou à Tribuna da Bahia que os trabalhos ainda estão na fase preliminar e por isso mesmo não poderia dar maiores detalhes. A Egis é uma empresa de Engenharia e Consultoria de projetos francesa e atua no Brasil há mais de 40 anos , em áreas como estudos preliminares e gestão de projetos, consultoria, operação, supervisão e gerenciamento de obras. Na parte de transportes urbanos, a empresa tem atuações em projetos no metrô de Salvador, as linhas 4, 6, 17 (monotrilho) e 22 do metrô de São Paulo e o metrô de Curitiba.
Em 2014, a empresa francesa venceu uma licitação de US$16 milhões (aproximadamente R$ 60 milhões) para supervisionar a gestão e integração de sistemas do metrô de Salvador. O contrato abrange o gerenciamento de sistemas e de integração, assim como a gestão da interface entre os subsistemas e a engenharia civil nas linhas 1 e 2. O valor do novo projeto com o Governo do Estado não foi divulgado pela empresa.
Regiões que serão contempladas
O estudo que será apresentado pela Egis ao Governo do Estado vai contemplar regiões onde já existem estações do metrô, facilitando o acesso dos moradores que moram nas encostas. A escolha dos locais levou em consideração a distância e a geografia dos bairros, o que permitiria a integração com outros modais de transporte, em especial o metrô. E também o grau de ocupação das encostas, que permitirá a instalação das estações do sistema de teleférico.
Nos estudos preliminares para que sejam construídos os acessos via teleféricos às estações do metrô, os representantes da Egis informaram que o sistema poderá transportar até 5 mil passageiros por hora em cada sentido e que as obras devem ser realizadas em um prazo de 12 a 24 meses, ou seja até o segundo semestre de 2019.
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