O prefeito João Doria (PSDB) apresentou um plano de metas tímido para cumprir até 2020, sem grandes obras como corredores de ônibus e hospitais. A apresentação do plano até o fim de março é estabelecida por lei desde 2008.
Ao todo, o tucano propôs 50 metas, o equivalente a 40% do plano da gestão anterior, com 123 objetivos - Haddad cumpriu metade do plano. O plano de Gilberto Kassab era ainda maior, com 223 objetivos.
Durante a campanha, o tucano fez 118 promessas, segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo. Além de menor, o plano de Doria tem metas mais difíceis de se fiscalizar. Por exemplo, enquanto o plano anterior previa a construção 43 UBSs (unidades básicas de saúde), Doria elegeu como meta aumentar a cobertura da atenção primária à saúde para 70% da cidade.
Mobilidade urbana
No transporte, não há menção aos corredores de ônibus, considerados pelos especialistas fundamentais para aumentar a velocidade dos ônibus na cidade. O tucano promete aumentar em 7% o uso do transporte público e em 10% a participação da mobilidade ativa.
O plano de Doria também dispõe de uma espécie de 'vacina' para o caso de não receber repasses federais, que afetou muitas das metas de Haddad. O documento estabelece, por exemplo, uma meta com e outro sem transferências da União.
No que se refere à mobilidade urbana, as metas (de desenvolvimento urbano e meio ambiente) são apenas as seguintes:
- Reduzir o índice de mortes no trânsito para valor igual ou inferior a 6 a cada 100 mil habitantes/ano;
- Aumentar em 10% a participação da mobilidade ativa em São Paulo;
- Aumentar em 7% o uso do transporte público em São Paulo.
Clique aqui e confira a matéria completa da FSP, com as metas para outras áreas (de desenvolvimentos social, humano, econômico e gestão e institucional) anunciadas pela gestão Doria.
Leia também:
Organizações apresentam propostas de mobilidade à Prefeitura de SP
Moradores de São Paulo dão nota 3,3 para o transporte
Em SP, só 25% têm ponto de transporte a até 1 km de casa