Na prática, as cidades-sede podem perder linhas de financiamento e isenções fiscais caso saiam do projeto da Copa. Além disso, correm o risco de ficarem prontas somente após 2014 --ano eleitoral-- uma vez que as obras relacionadas ao mundial serão prioridade.
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"Com isso, todo governador vai querer acelerar a obra", disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que participou da reunião.
Segundo Campos, ficou decidido que novas reuniões serão feitas a cada três meses, como forma de monitorar o andamento das obras e comparar o desempenho das cidades-sede. "Nenhuma cidade vai querer aparecer atrasada em relação às outras", disse o governador.
Para agilizar as obras, porém, o governo terá de contar com o apoio do Congresso para criar um regime diferenciado de licitação para as obras da Copa-2014 --até agora as tentativas foram frustradas.
"Um dos pontos da reunião com os governadores foi estimular a aprovação desse regime", afirmou Orlando Silva, ministro do Esporte.
Após a reunião, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, disse que os municípios levaram 14 demandas à presidente. "São medidas para diminuir a burocracia e evitar problemas na Justiça", disse.
Segundo o prefeito de Belo Horizonte, uma das principais preocupações dos municípios é com a desapropriação de terrenos onde acontecerão as obras da Copa. "Isso pode ser um gargalo por conta dos ritos formais de hoje e que demoram até passar pelo Judiciário e dar a efetiva posse ao município", afirmou o prefeito.