A Alstom, responsável pela fabricação e assistência técnica das vinte composições em operação no sistema de VLT do Rio de Janeiro, decidiu suspender por tempo indeterminado seu contrato com a concessionária VLT Carioca. A empresa alega que há oito meses a concessionária não paga pelos serviços contratados. Segundo a Alstom, a dívida chega a cerca de R$ 100 milhões.
Além de fornecer os veículos, a Alstom é responsável pelos serviços de manutenção e energização dos trilhos, e também cuida dos sistemas de sinalização e telecomunicações. Em nota divulgada nesta quinta-feira (23), a VLT Carioca informou apenas que “para garantir a qualidade e eficiência da operação, poderá buscar outros fornecedores no mercado”. No mesmo comunicado, a concessionária afirma que renegocia pagamentos de dívidas, mas não divulgou valores.
A Alstom destacou que já notificou o VLT Carioca sobre sua decisão, a qual não confirmou a informação. A concessionária respondeu que a Alstom não poderia tomar a iniciativa de romper o contrato com negociações para reescalonar as dívidas ainda em andamento.
Fabricação paralisada
Com a suspensão do contrato, a Alston também decidiu interromper a fabricação, em Taubaté (SP), das 12 últimas composições que ainda não foram entregues ao VLT Carioca. Esse último lote de veículos é essencial para o início da operação com cobrança de passagens na Linha 2, que vai da Rodoviária à Praça Quinze. Desde o início do mês, a Linha 2 opera em esquema de testes, sem cobrança, e apenas entre a Praça da República e a Praça Quinze. A cobrança pelas viagens estava prevista para começar no último dia 13 de fevereiro.
A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (Cdurp) informou que a prefeitura monitora a operação do VLT Carioca. A Cdurp afirma ainda que exige o cumprimento de todas as regras de concessão estabelecidas em contrato.
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