Um novo estudo da UITP (Associação Internacional de Transportes Públicos) indica que os veículos autônomos (sem condutores) poderão piorar e gerar mais congestionamento nas cidades e rodovias se forem utilizados como veículos particulares, tal como hoje são usados os automóveis. O documento aponta que os veículos autônomos têm vocação para serem utilizados em frotas, nos serviços de transporte público.
O texto Veículos autônomos e seu potencial para mudar a mobilidade urbana defende que os autônomos podem ser utilizados como "robos-táxis", mini-ônibus ou em frotas de carros para compartilhamento. Ao lado de bicicletas, trens, ônibus e bondes, essa alternativa permitiria uma redução dramática do número de carros nas vias, avalia o estudo. Esses veículos também poderiam chegar a lugares de difícil acesso ou realizar o último quilômetro das viagens, especialmente para pessoas idosas ou com restrições de mobilidade.
Essas frotas compartilhadas integradas aos transportes públicos tradicionais poderão reduzir o ruído e a poluição atmosférica, melhorar o tráfego e liberar espaço urbano para outras finalidades mais nobres.
Por fim, a questão letal: os veículos autônomos poderão reduzir drasticamente os acidentes de trânsito: "...mais de 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo morrem no trânsito a cada ano e 90% dessas mortes se devem a erros humanos", comenta o secretário-geral da UITP, Alain Flausch.
O especialista alerta as autoridades para a necessidade de planejar a entrada dessa tecnologia neste momento, quando os primeiros testes estão sendo feitos em cidades, como Paris. "Agir agora para moldar a sua implantação ", concluiu Flausch.
Para mais informações, acesse o o site da UITP (http://www.uitp.org/autonomous-vehicles) ou leia o estudo completo aqui no Mobilize.
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