Mobilidade urbana também passa por uma cadeira de rodas, que é o primeiro veículo para uma pessoa com deficiência. No Brasil, segundo dados da OMS, cerca de 2 milhões de pessoas precisam de uma cadeira de rodas para se locomover, mas apenas 10% conseguem o equipamento pelo SUS. A média de espera dessa população é de cerca de 2 anos, mas em alguns estados pode chegar a cinco. A pobreza e seus fatores são um dos causadores de grande parte das deficiências no mundo. Prova disso está nos países em desenvolvimento, onde 80% das pessoas com deficiência vivem em situação de vulnerabilidade social. É o caso do Brasil. Para mudar estes números desanimadores, o Instituto Mara Gabrilli em parceria com Revista Vida Simples lançam a Campanha Roda Gigante .
Doações para a campanha
As doações já podem ser realizadas no site de financiamento coletivo Kickante, no endereço www.kickante.com.br/rodagigante. A partir de R$ 10 já é possível contribuir com a campanha, cuja meta inicial é arrecadar R$ 300 mil, o suficiente para a compra de aproximadamente 100 cadeiras de rodas.
Muita gente não sabe, mas a necessidade de uma pessoa com deficiência vai muito além da cadeira de rodas em si. O equipamento que uma pessoa com paralisia cerebral precisa não servirá para alguém que tenha tetraplegia, por exemplo. A estatura, peso e idade também fazem diferença para o tipo de cadeira. Uma criança precisa de banco e encosto para o tamanho de seu corpo até uma certa idade. Com o passar do tempo, ela crescerá e a cadeira já não servirá mais.
Ou seja, quanto mais personalizado for este equipamento, maior mobilidade e conforto a pessoa terá. A cadeira adaptada permite uma postura adequada, menos gasto de energia para se locomover, maior autonomia e o mais importante: evita que a pessoa tenha escaras, que são feridas que se desenvolvem na pele de quem passa muito tempo em uma mesma posição. Neste caso, em um assento que não é adequado.
Adaptaçõs necessárias
Devido ao tipo de deficiência e suas necessidades específicas, muitas pessoas não conseguem utilizar a cadeira oferecida pelo Sistema Único de Saúde. Por isso, quando se fala em alto custo de uma cadeira de rodas, deve-se ter em mente não só o valor do equipamento, mas todas as adaptações e materiais que serão utilizados, como a espuma do assento, que precisa ter a densidade correta para possibilitar maior durabilidade e conforto, além das adaptações em si - todas feitas por um profissional de forma manual, após medição do equipamento e consulta postural.
No mercado atual brasileiro, o custo médio de uma cadeira de rodas com todas as adaptações necessárias é de R$ 4.500,00. O SUS, contudo, realiza o repasse máximo de apenas R$ 1.350,00. Com tal defasagem, instituições responsáveis pela distribuição dos equipamentos não conseguem atender a real demanda, que a cada ano aumenta, devido às condições de desigualdade, violência e acidentes de trânsito.
Para doar, acesse o www.kickante.com.br/rodagigante
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