Em São Paulo, onde a linha de metrô tem extensão de 74,3 km e a passagem custa R$ 2,90, uma pessoa que ganha o salário mínimo estadual (R$ 610) teria 19,02% da renda comprometida, por mês, ao comprar dois bilhetes por dia.
Mesmo não tendo a tarifa metroviária mais cara do mundo, se considerada a faixa de renda mínima local, o valor do bilhete unitário na cidade de São Paulo pode ser considerado alto, pois nas cidades com tarifas mais altas, o salário também é maior e o comprometimento da renda é menor.
Sidney, na Austrália, é a cidade com a tarifa mais cara vista no levantamento, de R$ 5,94, mas, com o maior salário entre as cidades pesquisadas – de R$ 4.090,68 –, duas viagens de metrô por dia comprometem apenas 5,80% da renda mensal.
Brasil
Das 19 cidades avaliadas, seis são brasileiras. Delas, São Paulo é a terceira com a tarifa mais cara do Brasil.
No Rio de Janeiro, a passagem de metrô custa R$ 3,10. Considerando duas viagens, 20,43% do salário mínimo fluminense de R$ 607 seriam comprometidos com o transporte.
Belo Horizonte e Recife seguem na sequência, com passagens de R$ 1,80 e R$ 1,50, respectivamente. Considerando a mesma base comparativa utilizada nas outras cidades, e ambas com um salário mínimo de R$ 545, em Belo Horizonte 13,21% dessa renda é comprometida com as passagens, enquanto em Recife, o comprometimento é de 11,01%.
A cidade de Fortaleza é que possui a menor tarifa, de R$ 1. Com o mesmo salário das cidades de BH e Recife, 7,43% da renda é utilizada para o transporte de metrô.
Maior e menor extensão
O trecho de metrô mais longo é encontrado em Tóquio, no Japão. O trecho de 328,8 km tem o custo de R$ 3,74 por passagem. Por outro lado, o trecho mais curto é encontrado na cidade de Lima, no Peru. Por R$ 0,97 é possível viajar pelos 21,48 km de extensão da linha.
Nestas cidades, o comprometimento mensal da renda é menor do que na maioria das cidades brasileiras. Sendo 5,80% em Sidney e 11,09% em Lima.