A estratégia de Amsterdã para se adequar ao aumento das bicicletas

Com Plano Cicloviário de Longo Prazo, a cidade da Holanda pretende aumentar a infraestrutura para o modal, com medidas como construir 40 mil estacionamentos até 2040

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Fonte: ArchDaily  |  Autor: Constanza Martínez Gaete*  |  Postado em: 13 de outubro de 2016

Bicicleta, principal meio de transporte da cidade

Bicicleta, principal meio de transporte da cidade holandesa

créditos: ©Flickr: stephenrwalli/ Licença CC BY-SA 2.0

 

Em qualquer parte do mundo, Amsterdã é sinônimo de bicicletas. Esta rápida associação é explicada pelo crescimento de 40% no uso desse modal em pouco mais de 20 anos; além disso, diariamente, 58% de seus habitantes pedalam mais de 2 milhões de quilômetros, o que faz dela uma das cidades mais preparadas do mundo para o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, segundo o Ranking Copenhaguenize 2015. 

 

Com efeito, neste período a bicicleta se tornou o principal meio de transporte da cidade e, consequentemente, contribuiu para reduzir os acidentes de trânsito e poluição atmosférica. Além disso, a integração entre diferentes modais de transporte foi fortalecida na cidade, com cada estação de trem contando com estacionamentos para bicicletas que, por vezes, ocupam um edifício inteiro.

 

Resultado de imagem para amsterdam©Flickr: Dylan Passmore. Licença CC BY-NC 2.0

 

No entanto, é justamente nestes lugares que a enorme quantidade de bicicletas se tornou um inconveniente, já que está cada vez mais difícil encontrar uma vaga para estacionar (um problema que seria bem vindo em muitas cidades, diga-se de passagem).

 

Frente a isto, a prefeitura da cidade decidiu lançar um Plano Cicloviário de Longo Prazo, que, visando aumentar a infraestrutura para o modal, propõe a construção de 40 mil estacionamentos até 2040 e 15 km de conexões entre ciclovias nos cruzamentos mais perigosos. 

 

A iniciativa prevê que até 2020 o número de percursos de bicicleta em direção às estações (ou partindo delas) aumentará 25%, e que os deslocamentos no centro e na periferia crescerão, respectivamente, 10% e 5%. 

 

Não obstante, quais são as medidas estabelecidas pelas autoridades para evitar que alguns erros se repitam sem, no entanto, desincentivar o uso da bicicleta?

 

Neste sentido, destaca-se a medida que limita o uso dos bicicletários de 7 a 14 dias nas áreas mais congestionadas e a remoção das bicicletas abandonadas. 

 

Além disso, foi aprovada a construção de 5.300 bicicletários até 2020 em diferentes estações de trem, a abertura de 3.000 vagas próximo à futura estação da praça Gustav Mahler, a instalação de 2.000 racks perto dos pontos de ônibus e outros 1.700 nas cercanias da estação Central.

 

*Tradução de Romullo Baratto

 

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