"Façam ciclovias, os ciclistas virão". Todos já conhecem a famosa afirmação sobre a justeza de ampliar a oferta de infraestrutura cicloviária nas cidades.
Neste trabalho, os pesquisadores procuram estabelecer uma projeção teórica dessa atratividade que as ciclovias podem representar como estratégia para enfrentar os desafios contemporâneos de mobilidade em megacidades como São Paulo, Bogotá, Paris e Nova York.
Para projetar os ganhos obtidos, a análise abordou teoricamente as possíveis mudanças de hábitos de transporte a partir de documentos como a Pesquisa Origem-Destino (2007 e 2017), o Censo IBGE e dados da CET. O resultado apontava que cerca de 200 mil viagens diárias adicionais estariam sendo estimuladas na cidade com a oferta das novas ciclovias construídas a partir de 2015.
No mundo real, segundo os resultados divulgados pela Pesquisa Origem-Destino 2023, em 2017 já ocorriam 317 mil viagens diárias de bike na RMSP e em 2023 a circulação de ciclistas chegava a 417 mil por dia.
Os autores do trabalho explicam que, embora a presença de bicicletas nas ruas tenha crescido consideravelmente nos últimos anos, existem pouquíssimos estudos mostrando e relação dessa adesão ao ciclismo com a oferta de melhor infraestrutura. Para eles, os resultados e a metodologia podem ser usados em futuros estudos, em outras cidades.
Leia um resumo da pesquisa (em português):
Ou acesse a publicação original (em inglês):
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2950024924000131
*Os autores:
Francisco Macedo é Consultor e Pesquisador em Mobilidade Urbana, Doutorado na Radboud University, Nijmegen, Países Baixos. Camila Cunquero é Economista, Mestre em Economia do Comportamento e Políticas Públicas pela Universidad Argentina de la Empresa, Buenos Aires.
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